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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

FRUGIVORIA POR AVES EM NECTANDRA MEGAPOTAMICA (SPRENG.)<br />

MEZ (LAURACEAE) EM FLORESTA ESTACIONAL <strong>DE</strong>CIDUAL NO RIO<br />

GRAN<strong>DE</strong> DO SUL, BRASIL.<br />

Marilise M. Krügel 1 , Maria Inês Burger 2 e Marco A. Alves 3<br />

1 UNIJUÍ, Departamento de Biologia e Química. Santa Rosa <strong>–</strong> RS. E-mail:<br />

marilisek@brturbo.com.br. 2 Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio<br />

Grande do Sul. Porto Alegre <strong>–</strong> RS. E-mail: miburger@cpovo.net 3 Acad. do Curso de<br />

Engenharia Florestal <strong>–</strong> UFSM. E-mail: marcoazambuja@yahoo.com.br<br />

A importância dos frutos de Lauraceae tem sido relatada na dieta de muitas aves,<br />

principalmente para as famílias Ramphastidae, Cotingidae e Trogonidae, uma vez que<br />

seus frutos possuem alto valor nutritivo. Os objetivos deste estudo foram determinar<br />

quais espécies de aves consomem os frutos de Nectandra megapotamica (Lauraceae)<br />

numa área de Floresta Estacional Decidual e, com base na análise de alguns dos<br />

componentes qualitativos e quantitativos da dispersão, inferir quais aves podem atuar<br />

como potenciais dispersores de suas sementes. O estudo foi desenvolvido no Campo de<br />

Instrução de Santa Maria (CISM) (53º42’O e 29º43’S), município de Santa Maria, Rio<br />

Grande do Sul. Foram realizadas observações focais em sete indivíduos de N.<br />

megapotamica (10 horas em cada planta), nos meses de dezembro de 2001, janeiro,<br />

fevereiro e dezembro de 2002 e janeiro de 2003. As sessões de observação ocorreram<br />

das 6 h às 11 h, com o auxílio de binóculo 8 x 30. Os frutos mediram 9,64+1,2 mm de<br />

comprimento e 6,89+0,70 de largura (média+ desvio padrão). Em 70 h de observação<br />

focal foram registradas 726 visitas de 21 espécies de aves. Dentre as famílias<br />

registradas, Tyrannidae foi a melhor representada, com 10 espécies. Seis espécies,<br />

Turdus albicollis, Turdus rufiventris, Myiodynastes maculatus, Tyrannus savanna,<br />

Turdus amaurochalinus e Pitangus sulphuratus somaram 84,3% das visitas à planta,<br />

destacando-se T. albicollis com quase 30%. Espécies migratórias foram responsáveis<br />

por 34,4% das visitas. As maiores porcentagens de consumo de frutos foram obtidas<br />

para T. albicollis (33,4%) seguida por T. rufiventris (16,8%), T. amaurochalinus<br />

(10,6%), P. sulphuratus (10,3%) e M. maculatus (9,0%). As demais espécies foram<br />

responsáveis por 19,9% do consumo. A maioria das espécies engoliu os frutos inteiros.<br />

Houve diferença significativa entre o número de frutos consumidos por visita (H =<br />

43,17; p = 0,0001) e o tempo de duração das visitas (H = 37,94; p = 0,0001). As aves<br />

generalistas parecem favorecer a dispersão de N. megapotamica, pois consumiram os<br />

frutos inteiros, realizaram visitas curtas (menos de 3 min) e apresentaram alta<br />

freqüência de visitação. N. megapotamica possui características que a incluem no<br />

sistema de dispersão generalista, exceto pelo alto valor nutritivo dos seus frutos.<br />

Palavras-chave: Nectandra megapotamica, frugivoria, Floresta Estacional Decidual.<br />

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