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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

ESTRUTURA GENÉTICA POPULACIONAL E FILOGEOGRÁFICA <strong>DE</strong><br />

XIPHORHYNCHUS FUSCUS FUSCUS NO SU<strong>DE</strong>STE DA FLORESTA<br />

ATLÂNTICA: <strong>DE</strong>SCRIÇÃO E HIPÓTESE <strong>DE</strong> SUA ORIGEM<br />

Gustavo Sebastián Cabanne, Cristina Yumi Miyaki<br />

Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, SP, Brasil. Email:<br />

gscabanne@yahoo.com<br />

A estruturação genética populacional e filogeográfica encontrada em algumas aves<br />

neotropicais é considerada por alguns autores como sendo resultado de baixa dispersão<br />

e histórias evolutivas antigas; e isto contrasta com o padrão encontrado em muitas aves<br />

do Paleártico e Neártico, que expandiram suas distribuições recentemente. No presente<br />

trabalho avaliamos a estrutura genética populacional e filogeográfica de Xiphorhynchus<br />

fuscus fuscus no sudeste da Floresta Atlântica. Foram analisados 576 pb da região<br />

controladora do DNAmt de 74 aves de 11 localidades de São Paulo (SP), Paraná (P) e<br />

Misiones (M) na Argentina, em regiões com floresta ombrófila (Serra do Mar) e com<br />

floresta ombrófila mista e semidecídua (interior). As diversidades genéticas foram<br />

comparadas com um teste de permutação, e se realizaram correlações múltiplas para<br />

avaliar os efeitos das variáveis distância geográfica e florestas distintas nas distâncias<br />

genéticas. X. fuscus fuscus apresentou estruturação genética populacional (AMOVA Fst<br />

= 0,46085, p < 0,01), e a transição entre a floresta ombrófila e a floresta ombrófila mista<br />

- semidecídua no interior de SP foi a variável que mais influenciou nas distâncias<br />

genéticas. Devido à falta de correlação entre distâncias genéticas e geográficas, e ao Fst<br />

significativo, a pan-mixia foi pouco provável em X. fuscus fuscus. Isto favoreceu a<br />

hipótese de baixo fluxo gênico mitocondrial. X. fuscus fuscus apresentou uma<br />

estruturação filogeográfica forte, com duas linhagens mitocondriais que se distribuíram<br />

em aparente relação com o tipo de florestas. A distância de Tamura & Nei entre as duas<br />

linhagens foi de 0,01025. No sul de SP, P e M só ocorreu uma linhagem, enquanto no<br />

nordeste de SP ocorreram ambas. X. fuscus fuscus teve sinais de expansão demográfica,<br />

possivelmente a partir de uma região que outros autores propuseram como sendo<br />

paleorefúgio. Assim, a diversificação em paleorefúgios e posterior expansão<br />

populacional parece ser uma hipótese plausível para explicar a estrutura filogeográfica<br />

de X. fuscus fuscus, embora existam outras hipóteses. Além disso, as populações da<br />

Serra do Mar apresentaram maior diversidade genética. Caso este padrão seja<br />

encontrado em outras espécies, mostraria que a Serra do Mar possui vital importância<br />

para a conservação.<br />

Palavras chave: Floresta Atlântica, Xiphorhynchus fuscus, DNA mitocondrial.<br />

Financiamento: FAPESP, CAPES, CNPq, WWF-US.<br />

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