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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

ANÁLISE DA PREDAÇÃO <strong>DE</strong> NINHOS <strong>DE</strong> AMAZONA BRASILIENSIS, ILHA<br />

RASA, LITORAL NORTE DO PARANÁ, BRASIL<br />

Sipinski, Elenise A. B. 1,2 ; Firkowski, Carlos 3 e Roper, James 4 .<br />

1 <strong>–</strong> SPVS <strong>–</strong> Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental, Curitiba, PR,<br />

80420-030 papagaio@spvs.org.br 2. Pós-Graduação em Engenharia Florestal, UFPR, Curitiba,<br />

PR 3. Departamento de Ciências Florestais, UFPR. 4. Departamento de Zoologia, UFPR, Caixa<br />

Posta1 19020, Curitiba, PR, 81531-990.<br />

O papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) é considerado uma das espécies mais<br />

ameaçadas do mundo. Habita uma estreita faixa na costa brasileira entre o litoral sul de<br />

São Paulo, todo o do Paraná, e o extremo norte do litoral catarinense.<br />

Reconhecidamente ameaçado de extinção, está citado por vários órgãos e instituições<br />

em suas listas oficiais de prioridades para conservação. O objetivo deste estudo foi<br />

analisar a predação de ninhos de Amazona brasiliensis no sítio reprodutivo da ilha Rasa,<br />

litoral norte do Paraná. Para tanto, as atividades reprodutivas do papagaio-de-cara-roxa<br />

foram monitoradas durante o início da ocupação de um ninho até o primeiro vôo dos<br />

filhotes, verificando a postura, nascimento e desenvolvimento dos mesmos. Para<br />

identificar os predadores de ovos ou filhotes realizaram-se observações diretas durante o<br />

monitoramento e análise de vestígios nos ninhos predados. Utilizando o método de<br />

Mayfield (1975), calculou-se a taxa de sobrevivência diária dos ninhos, com base no<br />

número de dias de observação até o vôo dos filhotes. Foi possível monitorar 116 ninhos<br />

ao longo das estações reprodutivas de 1999 a 2003, destes, 90 não obtiveram êxito.A<br />

taxa de sobrevivência foi de 0,9792 dia -1 , que resulta em 12% de sucesso dos ninhos<br />

(Mayfield, 1975), como média para todas as estações reprodutivas. A predação natural<br />

foi a causa da maioria dos insucessos em todos os períodos reprodutivos analisados, em<br />

1999 (n=17; 76%), 2000 (n=17; 59%), 2001 (n=25; 68%) e 2002 (n=31; 71%). As<br />

espécies identificadas como predadoras de ovos foram Didelphis aurita, Otus sp,<br />

Spillotes pullattus e Cyanocorax caeruleus. As principais espécies predadoras de<br />

filhotes, foram Didelphis aurita, Nasua nasua, Spillotes pullattus, Cyanocorax<br />

caeruleus e Rupornis magnirostris. O alto índice de predação natural indica ser este um<br />

fator limitante do sucesso reprodutivo da espécie. Somado à predação natural, ainda há<br />

captura ilegal, extração seletiva das espécies utilizadas como ninho e fragmentação do<br />

ambiente ao longo da área de ocorrência, impactos que afetam ainda mais a capacidade<br />

de sobrevivência da espécie.<br />

Palavras-chaves: papagaio-de-cara-roxa; predação; ninhos<br />

Financiadores: TNC; CAPES<br />

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