FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC HIPÓTESE FILOGEOGRÁFICA PARA A DIVERSIFICAÇÃO DO GÊNERO ABURRIA, INCLUINDO AS ESPÉCIES DE CUJUBINS E JACUTINGA (GALLIFORMES: CRACIDAE) Erwin Tramontini Grau 1 , Sérgio Luiz Pereira 1,2 , Luís Fábio Silveira 3,4 , Elizabeth Höfling 3 e Anita Wajntal 1,5 1. DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, CAIXA POSTAL 11461, CEP 05422-970, SÃO PAULO, BRASIL. 2. Department of Natural History, Royal Ontario Museum, 100 Queen’s Park, Toronto, Canada, M5S 2C6. 3. Departamento de Zoologia, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 11461, CEP 05422-970, São Paulo,Brasil. 4. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Caixa Postal 42494, CEP 04218-970, São Paulo, Brasil. 5. aniwa@usp.br A família Cracidae possui representantes distribuídos principalmente na região neotropical, e onze gêneros são reconhecidos atualmente. A sistemática e a taxonomia dos representantes desta família é complexa e a validade do gênero Pipile Bonaparte, 1856 e a sua independência do gênero Aburria Reinchenbach, 1853 já foi questionada por outros autores. Com o objetivo de se reavaliar esta questão e para sugerir uma hipótese filogeográfica para a diversificação do grupo analisamos 2.727 nucleotídeos do DNA mitocondrial (citocromo-b, ND2 e Região Controladora) e 151 caracteres osteológicos. Nossa análise das seqüências de DNA sugere que Aburri aburri faz parte do mesmo clado que inclui as espécies de Pipile. As distâncias genéticas entre Aburria/Pipile são equivalentes às distâncias estimadas entre outras espécies congenéricas de cracídeos, com status taxonômico que não apresenta controvérsias. Apesar dos caracteres osteológicos não apresentarem sinal filogenético para resolver relações filogenéticas entre espécies, cinco sinapomorfias foram encontradas para Aburria e Pipile. Com base nos nossos resultados, sugere-se que as espécies pertencentes ao gênero Pipile sejam transferidas para o gênero Aburria. Estimamos que as especiações no grupo ocorreram no Plio-Pleistoceno e propomos uma hipótese para a sua diversificação baseada em eventos de vicariância relacionados com as transgressões marinhas e a formação da Laguna Amazônica há aproximadamente 2.5 ma. Keywords: Pipile, Aburria, biogeografia CNPq, FAPESP 236
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC UTILIZAÇÃO DE NINHOS ARTIFICIAIS POR AVES NO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, REGIÃO DA CAMPANHA DO RIO GRANDE DO Sul. Gressler, Daniel T. 1 ; Krugel, Marilise M. 2 1 2 Acadêmico de Ciências Biológicas, UFSM (dtgressler@hotmail.com); UNIJUÍ - Departamento de Biologia e Química. Santa Rosa – RS (marilisek@infsr.unijui.tche.br). Cavidades naturais são facilmente encontradas em florestas não perturbadas pelo homem e têm grande importância como recurso para a fauna, especialmente para algumas espécies de aves que as utilizam como locais de nidificação. Tanto áreas urbanas quanto rurais apresentam uma tendência a diminuir a oferta de cavidades através da remoção de árvores velhas e galhos secos. Pretende-se com esse estudo verificar quais espécies de aves utilizam as caixas para nidificação ou abrigo e verificar a freqüência de ocupação conforme as variáveis: diâmetro da abertura, localização na mata e altura em relação ao solo. Este projeto vem sendo desenvolvido em um fragmento florestal no município de São Francisco de Assis, RS (29 º 36’S e 54 º 54’W). Foram confeccionadas oitenta caixas-ninho com madeira de Pinus (45cm x 20 x 18) sendo 50% com abertura com 5 cm de diâmetro e 50% com 10 cm. As caixas-ninho foram instaladas em setembro de 2003, em linha, na borda e no interior do fragmento (40 em cada ambiente), com espaçamento de 20 m. Foram distribuídas alternadamente a 3 e 6 metros de altura e, da mesma forma, foram distribuídas conforme o diâmetro da abertura. As caixas estão sendo revisadas quinzenalmente, com exceção dos meses de inverno (mensalmente), e a presença de quaisquer animais ou vestígios é registrada. Ao longo da estação não reprodutiva, 17 caixas foram utilizadas como abrigo por Pyrrhura frontalis (15) e Otus choliba (2). Apenas três caixas foram utilizadas como local para ninho, uma por Dendrocolaptes platyrostris em dezembro de 2003, e duas por P. frontalis em setembro de 2004. Foi observada uma grande ocupação, principalmente por himenópteros, visto que 25% das caixas foram ocupadas, em algum momento, por abelhas e 52,5% por vespas e formigas. Também foram encontrados nas caixas invertebrados como aranhas, besouros, lacraias, caracóis e baratas ou vertebrados como anfíbios (Scinax fuscovarius) e um roedor (não identificado). Palavras-chave: cavidades naturais, ninhos artificiais, reprodução. 237
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