FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

gênero Lipeurus nas asas, em galinhas. Podem ser encontrados em constante movimento, por
entre as penas e sobre a pele das aves. A adaptação morfológica, como a compressão
dorsoventral do corpo, facilita este movimento. Além disso, possuem o tarso modificado em
garras para segurar-se às penas. Todo o ciclo biológico ocorre sobre o hospedeiro. Segundo
Oniki & Willis (1991), ovos de piolhos da família Menoponidae são cimentados principalmente
no mento, pescoço e topo da cabeça, de onde não podem ser facilmente retirados pelas aves,
quando do ato de coçar ou durante o alisamento das penas. A alimentação destes insetos é
composta principalmente de detritos da superfície corpórea das aves, tais como células mortas,
pedaços de penas, fragmentos de piolhos mortos, entre outros.
Estes parasitos, considerados parasitos permanentes ou obrigatórios, são altamente
dependentes do corpo do hospedeiro, de tal modo que as condições ambientais não afetam
diretamente o seu desenvolvimento. Desta forma pode-se afirmar que existe um alto grau de
especificidade parasitária para este grupo.
Coleta de ectoparasitos:
Não existem segredos para a retirada de parasitos de aves. Deve-se ter bom senso e
responsabilidade. Dificilmente alguma ave vai a óbito quando da retirada dos ectoparasitos.
Conhecendo um pouquinho de cada grupo, o trabalho torna-se fácil:
Ácaros plumícolas: Retirada de ácaros visíveis, juntamente com as penas. Deve-se
tomar o cuidado e anotar a região da ave em que foram retirados (asa, cloaca, corpo, cabeça,
pescoço, etc.). Fixar e conservar em álcool a 70%.
Ácaros calamícolas: Retirada de penas parasitadas (verificação de trabéculas rompidas),
acondicionamento em envelopes plásticos. Encaminhamento ao laboratório para abertura dos
cálamos e retirada dos ácaros. Transferir para álcool a 70%.
Outros ácaros e piolhos: Recomenda-se o coletor de ectoparasitos proposto por Neves
et al. (2000). Fixar e conservar em álcool a 70%.
Carrapatos: Verificar cabeça, olhos e garganta. Retirar com pinça de ponta fina.
Procurar “pinçar” o carrapato o mais próximo possível da “boca” dando uma torção sobre o
próprio eixo. Caso esteja muito difícil a remoção, pingar uma gota de álcool e tentar novamente.
Fixar e conservar em álcool a 70%.
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