FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC NOVO REGISTRO DE PLATYRINCHUS LEUCORYPHUS (PATINHO- GIGANTE) PARA O ESTADO DE SANTA CATARINA, BRASIL. Cláudia Sabrine Brandt 1 , Carlos Eduardo Zimmermann 2 1 Acadêmica de Ciências Biológicas – Universidade Regional de Blumenau/FURB. claubrandt@hotmail.com 2 Pesquisador do Instituto de Pesquisas Ambientais. Laboratório de Ecologia e Ornitologia – LABEO. Blumenau-SC, cezimmer@furb.br O patinho-gigante (Platyrinchus leucoryphus) é uma espécie tipicamente florestal, onde habita o estrato médio. Considerada rara para Santa Catarina, há apenas três registros documentados: Parque da Serra do Tabuleiro (1992), Parque Botânico Morro do Baú (1994), e Reserva Particular da Companhia Hering (2001). Conseqüentemente, pouco se sabe sobre a biologia e ecologia da espécie, dificultando estudos visando a conservação da espécie. O presente estudo tem por objetivo ampliar a área de distribuição de Platyrinchus leucoryphus para Santa Catarina, bem como, fornecer dados biométricos da espécie. O registro foi obtido na Reserva Particular do Patrimônio Natural Bugerkopf, localizada ao sul do município de Blumenau. A área é coberta por Floresta Ombrófila Densa de Encosta, em diferentes estágios de recuperação. Quatro indivíduos, três machos e uma fêmea, foram capturados em redes-de-neblina durante os meses de dezembro/2003 (N=2), fevereiro/2004 (N=1) e maio/2004 (N=1). Os indivíduos machos apresentaram as seguintes medidas biométricas: tarso direito (175,5 ±5,6mm), largura do bico (137,4 ±18,6mm), narina-ponta (87,1 ±8,7mm), cúlmem exposto (109,8 ±9,5mm), comprimento da cabeça (373,5 ±10,2mm), asa esquerda (72,3 ±2,3mm), cauda (45,7 ±9,0mm), comprimento total (120,5 ±14,8mm), peso (17,33 ±1,15g). Para o indivíduo fêmea, os valores foram os seguintes: tarso direito (177,4mm), largura do bico (132,3mm), narina-ponta (76,1mm), comprimento da cabeça (352,9mm), asa esquerda (76mm), cauda (41mm), peso (18g). Tais registros permitem um maior esclarecimento da distribuição e biologia de Platyrinchus leucoryphus para Santa Catarina, e em conjunto com outros trabalhos, poderá proporcionar um melhor conhecimento do real “status” da espécie para o Estado. Palavras-chave: Platyrinchus leucoryphus – distribuição – biologia Órgão financiador: Programa de Incentivo a Pesquisa - Pipe 178
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC COMUNIDADE DE AVES DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL BUGERKOPF, BLUMENAU, SANTA CATARINA. Cláudia Sabrine Brandt 1 , Carlos Alberto Borchardt Júnior 1 , Daniela Fink 1 , Carlos Eduardo Zimmermann 2 1 Acadêmicos de Ciências Biológicas – Universidade Regional de Blumenau/FURB. 2 Pesquisador do Instituto de Pesquisas Ambientais. Laboratório de Ecologia e Ornitologia – LABEO. Blumenau-SC, cezimmer@furb.br O bioma Floresta Atlântica vem sofrendo intensa degradação e fragmentação por toda sua faixa de ocorrência, apresentando-se protegido somente em áreas de difícil acesso ou em Unidades de Conservação. Nestes locais, os estudos da comunidade de aves são importantes por possibilitar o conhecimento de padrões de riqueza e distribuição natural das espécies, da mesma forma que constituem a base para ações conservacionistas. O presente trabalho tem por objetivo apresentar dados sobre a riqueza de espécies em uma (RPPN), destacando a importância desta categoria de Unidade de Conservação para a manutenção da avifauna local. O estudo realizou-se na RPPN Bugerkopf (82,7 ha), localizada ao Sul de Blumenau/SC (27º00’S – 49º04’W). A área é coberta pela Floresta Ombrófila Densa de Encosta. As visitas ocorreram mensalmente de dezembro/2003 a agosto/2004, com duração de quatro dias. Para o levantamento das aves, utilizou-se o método de captura com redes-de-neblina, as quais foram mantidas abertas por seis horas após o amanhecer, e o registro visual e auditivo das espécies, com auxílio de binóculo. Foram registradas 124 espécies de aves, representando 21% da avifauna catarinense. Deste total, 23 espécies (18,5%) foram registrados somente pelo método de captura. Exclusivamente pelo contato visual e auditivo foram identificadas 68 espécies (54,8%). Destaca-se a presença de espécies endêmicas para a Floresta Atlântica, como Ramphodon naevius, Hypoedaleus guttatus, Myrmotherula gularis e Myrmeciza squamosa. Espécies consideradas raras ou pouco conhecidas em Santa Catarina foram registradas: Triclaria malachitacea, Nonnula rubecula, Dryocopus lineatus, Dysithamnus stictothorax, Myrmotherula unicolor, Herpsilochmus rufimarginatus, Xenops minutus, Sclerurus scansor, Hemitriccus orbitatus, Orthogonys chloricterus. Os dados demonstram que a RPPN abriga parcela significativa da avifauna da Floresta Atlântica, demonstrando que estas unidades de conservação podem exercer um papel fundamental na preservação destas populações. Palavras-chave: Unidades de Conservação - Mata Atlântica - conservação. Órgão financiador: Programa de Incentivo a Pesquisa - Pipe 179
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