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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

HISTÓRIA EVOLUTIVA DAS ESPÉCIES NÃO-ANDINAS <strong>DE</strong> SCYTALOPUS<br />

INFERIDA ATRAVÉS DA VARIABILIDA<strong>DE</strong> NO DNA MITOCONDRIAL 1<br />

Helena Mata 2,3 , Giovanni Nachtigall Maurício 3 , Carla Suertegaray Fontana 3 e Sandro<br />

Luís Bonatto 2 helenamata@pucrs.br<br />

2 Laboratório de Biologia Molecular e Genômica, FABIO,PUCRS; 3 Museu de Ciências e<br />

Tecnologia, MCT-PUCRS. C.P. 1429. 90619-900, Porto Alegre, RS.<br />

Tapaculos do gênero Scytalopus compõem um grupo com uma taxonomia bastante<br />

complexa, pois, as diferenças morfológicas externas são difíceis de serem visualizadas<br />

inclusive pelos mais experientes ornitólogos. A vocalização, adicionada à informação de<br />

distribuição e hábitat, tem auxiliado no processo de identificação das espécies. Porém, a<br />

informação contida nesses caracteres pode não ser suficiente para a compreensão dos<br />

padrões de diversificação do grupo e, tampouco, para estabelecer as relações<br />

filogenéticas entre os táxons. O objetivo deste trabalho é um estudo da história evolutiva<br />

dos representantes do gênero Scytalopus no sudeste da América do Sul. Até o momento<br />

foram analisados indivíduos de S. speluncae (n=6), S. iraiensis (n=1), S. novacapitalis<br />

(n=1) e de duas espécies novas, S. sp. nov. 1, do Rio Grande do Sul (n=13) e S. sp. nov.<br />

2, de Minas Gerais (n=1). Os gêneros Lepidocolaptes e Icterus foram utilizados como<br />

grupo externo. Foram realizadas análises filogenéticas com diversos métodos, utilizando<br />

o modelo selecionado pelo MO<strong>DE</strong>LTEST (K81uf+G), tais como Neighbor-joining,<br />

Máxima Verossimilhança e Máxima parcimônia. Os resultados preliminares com o gene<br />

da NADH2 sugeriram dois clados com alto suporte de bootstrap: um reunindo<br />

exclusivamente haplótipos de S. speluncae e o outro com os haplótipos de S.<br />

novacapitalis e das duas espécies novas. O haplótipo de S. iraiensis representa o grupo<br />

irmão do clado composto por S. novacapitalis e pelas duas espécies novas (porém com<br />

um suporte não muito alto), mostrando-se bastante divergente em relação às outras<br />

espécies; podendo constituir, inclusive, um terceiro clado. Interessantemente, um<br />

haplótipo de S. speluncae agrupou-se muito próximo à S. novacapitalis. Com relação a<br />

S. speluncae e S. sp. nov. 1, melhor representadas na análise, foi detectada forte<br />

estruturação geográfica, ou seja, os haplótipos agruparam-se entre si de acordo com a<br />

proximidade geográfica das amostras. A topologia encontrada fornece suporte genético<br />

ao status específico das duas espécies novas. Este trabalho terá continuidade com o<br />

estudo de outras regiões da mitocôndria (região controle e citocromo b) bem como com<br />

a adição de novos indivíduos e espécies.<br />

Palavras-chave: tapaculos, filogeografia, Brasil<br />

1 CNPq, FAPERGS, Florestal Gateados Ltda.<br />

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