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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA <strong>DE</strong> AVES AQUÁTICAS E<br />

LIMÍCOLAS NA BARRA DO RIO SAÍ-GUAÇÚ, PARANÁ-SANTA<br />

CATARINA.<br />

Cassiano F. Ribas ¹, Pedro Scherer Neto ² e Eduardo Carrano ¹ ³<br />

¹ Bio Situ Projetos e Estudos Ambientais Ltda. cassiano@biositu.com.br<br />

² Museu de História Natural Capão da Imbuia, Curitiba, Paraná. schererneto@bbs2.sul.com.br<br />

³ Professor do Curso de Biologia, PUCPR. carrano@pucpr.br<br />

Palavras-chave: aves aquáticas e limícolas, rio Saí-Guaçú, Paraná-Santa Catarina.<br />

A barra do rio Saí-Guacú localiza-se no litoral sul do Brasil, divisa entre os estados do<br />

Paraná e Santa Catarina (25º58’S - 48º36’W). É formada principalmente por praias<br />

arenosas e manguezal, em frente encontra-se uma pequena ilha de perímetro rochoso.<br />

Foram realizadas 10 fases de campo (120 horas), entre dezembro de 2001 e março de<br />

2003, com o objetivo de levantar dados quali-quantitativos, para que sirvam como<br />

ferramenta de monitoramento para o uso sustentado dessa área. O levantamento ocorreu<br />

através da observação direta com auxílio de binóculos e reconhecimento auditivo. As<br />

contagens foram realizadas em pontos fixos de observação. Foram registradas 41<br />

espécies de 14 famílias, sendo as mais representativas Scolopacidae (10) e Laridae (7),<br />

cabendo também ressaltar a riqueza de espécies de visitantes setentrionais (12). Sterna<br />

eurygnatha foi registrada em todas as fases, apresentando abundância bem superior em<br />

relação às demais espécies, sendo o maior valor encontrado no verão com 520<br />

indivíduos e o menor no outono com 115. Haematopus palliatus e Larus dominicanus<br />

também apresentaram 100 % de freqüência de ocorrência; Egretta thula, Charadrius<br />

collaris, Phalacrocorax brasilianus, Sterna hirundinacea e S. maxima entre 40% e<br />

60%; Rynchops niger, Arenaria interpres, Calidris alba e C. canutus entre 20% e 30%.<br />

A maioria das espécies foi registrada uma única vez merecendo destaque Spheniscus<br />

magellanicus, Platalea ajaja, Pluvialis squatarola, P. dominica, Catoptrophorus<br />

semipalmatus, Gallinago paraguaiae, Himantopus himantopus, Larus maculipennis,<br />

Sterna trudeaui e S. superciliaris. Foram realizadas expedições, até trechos superiores<br />

do rio, obtendo-se três registros importantes: Heliornis fulica, Chloroceryle inda e C.<br />

aenea. Os bancos de areia que se formam entre a ilha e a praia são fundamentais para<br />

repouso e alimentação de 90 % das espécies, porém o fluxo de turistas principalmente<br />

no verão, causa diversos distúrbios nestes bandos. A montante o rio apresenta<br />

problemas graves como descargas de efluentes tóxicos, uso indiscriminado de redes de<br />

pesca e desmatamentos.<br />

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