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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

A PROBLEMÁTICA DO USO DO ARSÊNICO EM TAXI<strong>DE</strong>RMIA EM<br />

RELAÇÃO À CONTAMINAÇÃO <strong>DE</strong> AMBIENTES, RISCOS NO MANUSEIO E<br />

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA<br />

Rodolfo da S. Riva 1 ; Jules M. R. Soto 2<br />

1 Estagiário e 2 Curador Geral do Museu Oceanográfico do Vale do Itajaí - MOVI - UNIVALI,<br />

CP 360, Itajaí, SC, CEP 88302-202, rodolforiva@hotmail.com, soto@bc.univali.br<br />

Uma das ferramentas que auxiliam no cumprimento dos objetivos de um museu é a<br />

técnica de taxidermia, que consiste na preservação de peles por tempo indeterminado,<br />

mantendo as formas e medidas originais do espécime. A taxidermia pode ser dividida<br />

basicamente em dois tipos, para exposição ou coleção científica, seguindo técnicas e<br />

objetivos distintos. Durante muitos anos o arsênico (As) fez parte dos elementos<br />

químicos fundamentais para a perpetuação de peles, contudo suas características de<br />

semi-metal (ou ametal) tóxico vem restringindo o uso em instituições de ensino e<br />

pesquisa. Grande parte das restrições vem da legislação de segurança e medicina do<br />

trabalho, pois a legislação trabalhista brasileira aponta o uso do arsênico como passível<br />

de gerar aposentadoria especial (Anexo IV do Decreto 3.048/99, Letra G - Conservação<br />

e curtume de peles). O poder acumulativo desta substância é bem conhecido, sendo letal<br />

em concentrações mais elevadas, mas os efeitos provocados por baixas concentrações<br />

ainda são controversos. A questão é: o uso do arsênico está sendo abandonado por<br />

pressões trabalhistas em detrimento das coleções? É sabido que as coleções de peles<br />

estão entre as mais vulneráveis, havendo perdas significativas nos últimos anos,<br />

principalmente devido à ação de pragas. Em muitas coleções, algumas peças<br />

"tamponadoras" ainda são preparadas com arsênico, o que reforça o questionamento.<br />

Com base nestas colocações, sugere-se que os curadores não abandonem o uso do<br />

arsênico, principalmente em peças de elevada importância, até que estudos conclusivos<br />

sejam publicados, substituindo adequadamente este químico. É oportuno salientar a<br />

obrigatoriedade do uso de material de segurança (luvas, máscaras e roupas adequadas),<br />

assim como a adoção de etiquetas padrão (veneno) que informem a existência do<br />

arsênico nas peças, ações estas sob a responsabilidade dos curadores.<br />

Palavras-chave: arsênico, taxidermia, curadoria<br />

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