FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC FRUGIVORIA POR AVES EM CLUSIA NERVOSA G. F. W. MEY (CLUSIACEA) NA MATA CILIAR DO RIO LENÇÓIS, CHAPADA DIAMANTINA, BA Bastos, SS 1,2,3 ; Miranda, LDP 1 ; Lima, CL 1 ; Saba, MD 1 ; Funch, LS 1 e Machado, CG 1,2,4 1 PPG em Botânica / UEFS; 2 LORMA –Laboratório de Ornitologia e Mastozoologia - DCBio, UEFS, BR 116, Km 03, CEP 44.031-460. Feira de Santana, BA. 3 ss_bastos@ig.com.br; 4 graco@uefs.br. Clusia nemorosa é uma espécie arbórea perenifólia, com padrão de frutificação anual, duração intermediária e regular. Seu fruto é uma cápsula septífragada, globosa com sementes ariladas vermelhas. Clusia nemorosa é muito comum na mata ciliar do rio Lençóis, na Chapada Diamantina, apresentando elevado índice valor de importância (IVI= 21,17%) e alta frequência relativa (FR= 7,39%). A dispersão de sementes de Clusia nemorosa (Clusiacea) foi estudada na mata ciliar do rio Lençóis, em Lençóis, BA (12 o 33 ´ 38.6 ” -12 o 33 ´ 23.1 ” S e 41 o 24 ´ 10.7 ” -412 o 24 ´ 40 ” W). Foram monitorados oito indivíduos, da aurora ao crepúsculo durante nos dias 5 e 6 de março de 2004. Registrouse quais as espécies de aves visitavam os seus frutos, horário e freqüência das visitas e a técnica de forrageio apresentada. Seis espécies de aves foram observadas consumindo as sementes de C. nemorosa, em um total de 27 visitas: Dacnis cayana, Turdus leucomelas, Elaenia sp, Tyrannus melancholicus, Tangara cayana e Thraupis sayaca. A maioria das visitas ocorreu nas primeiras horas da manhã. Turdus leucomelas foi responsável pelo maior número de visitas (11) e pela maior porcentagem relativa de consumo das sementes (58,5%); Dacnis cayana consumiu 23,27% e as demais foram responsáveis, juntas, por 18,23% do consumo total de sementes. Quatro tipos de técnicas de captura foram observadas (“picking”, “reaching”, “hanging” e “hovering”), sendo que T. leucomelas e D.cayana apresentaram três delas; T. sayaca apresentou dois tipos e as demais espécies, apenas um. Considerou-se T. leucomelas como o principal dispersor das sementes de C. nemorosa na área de estudo por apresentar maior freqüência de visitas, maior taxa de remoção das sementes e um tempo de permanência na planta curto, aumentando a possibilidade de descarte das sementes longe da plantamãe. Palavras chaves: Clusia, frugivoria, dispersão de sementes Apoio: PPG em Botânica, CAPES. 156
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC GÊNESE DA COLEÇÃO ORNITOLÓGICA DO MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI, 1894-1920 5 Carla Caroline Alves Bedran 1 , Marcelo de Castro Silva 2 , Nelson Sanjad 3 e Maria Luiza Videira Marceliano 4 1 – Centro Universitário do Pará, bolsista de Iniciação Científica/CESUPA (carolinebedran@bol.com.br) 2 – Centro Universitário do Pará, bolsista de Iniciação Científica/MPEG (mcsbio2003@yahoo.com.br) 3 – Museu Paraense Emílio Goeldi e Centro Universitário do Pará (nsanjad@museu-goeldi.br) 4 – Museu Paraense Emílio Goeldi (mlvideira@museu-goeldi.br) O Museu Paraense Emílio Goeldi foi criado em 1866, sendo o primeiro museu de história natural da região amazônica e o segundo mais antigo do Brasil. Suas primeiras décadas de funcionamento foram marcadas por dificuldades de financiamento e contratação de pesquisadores, havendo registros esparsos sobre a existência de coleções biológicas. Estas foram organizadas em bases científicas somente a partir de 1894, quando o zoólogo suíço Emílio Goeldi (1859-1917) foi contratado para a direção do museu. Durante os 13 anos de sua administração (1894-1907), Goeldi e a equipe que contratou deram início à maioria das coleções da instituição, acervo que hoje é referência para o conhecimento da biota e das sociedades amazônicas. Dentre estas coleções, a Ornitológica distingue-se por vários motivos: é das mais antigas, iniciada em 1894; foi uma das que mais cresceu no período em que Goeldi e sucessores trabalharam na instituição; foi uma das que gerou maior produção científica no período, denotando uma dinâmica atividade dos pesquisadores, particularmente de Goeldi e da zoóloga alemã Emília Snethlage (1868-1929), contratada em 1905; preservou-se razoavelmente ao longo de 110 anos; é considerada atualmente referência para a ornitologia amazônica, em número de espécies, exemplares, conservação e organização. Esta pesquisa foi concebida a partir da constatação de que são poucas as informações que dispomos sobre a gênese dessa importante coleção. Quais as espécies e áreas geográficas priorizadas, onde, quando e quem coletava, que sistema foi adotado para organizar a coleção, quais os trabalhos científicos publicados com material da coleção, quais as instituições de permuta e o que se perdeu ao longo do tempo, são algumas das perguntas que se está tentando responder e cujos resultados preliminares pretende-se apresentar. Trata-se de pesquisa multidisciplinar que tem como objetivo preencher uma lacuna comum a muitas coleções, a saber, a falta de informações sobre sua origem e sobre seus mais antigos exemplares. Esta pesquisa, portanto, inclui a investigação histórica em documentos e publicações, como Livro Tombo, relatórios administrativos, 5 Esta pesquisa recebe auxílio financeiro do Centro Universitário do Pará (Chamada 2004) e do Museu Paraense Emílio Goeldi/MCT (PIBIC). 157
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