FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC HISTÓRIA E STATUS ATUAL DO GAVIÃO-DE-PENACHO SPIZAETUS ORNATUS NO CENTRO DE ENDEMISMO PERNAMBUCO, NORDESTE DO BRASIL Caio José Carlos 1 e Weber Silva 2 1 Pós-graduação em Oceanografia Biológica, Fundação Universidade Federal do Rio Grande, cajoca@uol.com.br. Observadores de Aves de Pernambuco, webersilva@yahoo.com O gavião-de-penacho, Spizaetus ornatus, distribui-se desde o México até a Argentina. A espécie ocorre virtualmente em todos os estados brasileiros, mas devido, principalmente, à perda do hábitat, tornou-se raro. O Centro de Endemismo Pernambuco (CPE) inclui as florestas situadas ao norte do Rio São Francisco, nos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte e tem sido identificado como uma importante área de endemismo na América do Sul. Nesta região, S. ornatus foi registrado pela primeira vez no século XVII pelo naturalista alemão G. Marcgrave, o qual manteve um indivíduo cativo no “Forte Maurício”, atualmente em Penedo, Alagoas. Por mais de 320 anos a espécie não foi registrada no CPE, mas em 1946, H. F. Berla, do Museu Nacional (Rio de Janeiro), afirmou ter observado um indivíduo nas matas da Usina São José, Pernambuco, mas nenhuma documentação do registro foi fornecida. No fim da década de 1970 e início da de 1980 a Seção de Ornitologia do Museu Nacional empreendeu várias pesquisas ornitológicas no CPE, mas não conseguiu registrar S. ornatus. Estudos mais recentes e nossas próprias expedições em vários locais de Alagoas, Pernambuco e Paraíba não tiveram êxito em registrar a espécie. O único registro seguro de S. ornatus no CEP continua sendo o de Marcgrave. Devido ao elevado grau de desmatamento observado no CEP, principalmente, devido à lavoura de cana-de-açúcar, é provável que S. ornatus esteja extinto na região ou suas populações estão muito reduzidas e já não desempenham sua função dentro do ecossistema (i.e. extinção ecológica). Palavras chave: Spizaetus ornatus, Centro de Endemismo Pernambuco, extinção Financiamento: Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste/Conservation International do Brasil. 186
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC O PETREL-GIGANTE DAS ILHAS FALKLAND E GOUGH MACRONECTES GIGANTEUS SOLANDERI MATHEWS, 1912 NO BRASIL Caio José Carlos 1 , Jean-François Voisin 2 e Carolus Maria Vooren 1 Pós-graduação em Oceanografia Biológica, Fundação Universidade Federal do Rio Grande, cajoca@uol.com.br. 2 Museúm National d’Historie Naturelle, França Macronectes giganteus tem sido geralmente considerado como uma espécie monotípica. No entanto, as populações que se reproduzem nas Ilhas Falkland e Gough (Atlântico Sul), possuem uma plumagem mais escura, que se torna pálida mais lentamente com a idade, são significativamente menores e apresentam um comportamento reprodutivo distinto, quando comparadas com as demais (e.g. das Ilhas Crozet). Dadas estas características, tais populações são tratadas subespecificamente como Macronectes giganteus solanderi Mathews, 1912. A Coleção de Aves da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, Rio Grande do Sul, possui um espécime desta subespécie (FURG No. 12), o qual foi encontrado morto na praia em São José do Norte (c.32º01’S; 52º03’W), Rio Grande do Sul, em 6 de junho de 1983. O espécime apresenta uma plumagem cinza uniforme, bem diferente daquelas da subespécie nominal e as medidas (mm) são as seguintes: cúlmen 92,3; altura do bico 33,14; tarso 91,16 e asa 490. A característica da plumagem indicam que o espécime era, provavelmente, um imaturo. As medidas se enquadram bem dentro daquelas observadas para a subespécie solanderi. Além da coloração do bico, a plumagem constitui um importante critério para a identificação dos petréis-gigantes. Na subespécie nominal, a coloração marrom predomina nos jovens e os indivíduos mais velhos parecem pálidos. M. g. solanderi, no entanto, possui pouquíssimo pigmento marrom, sendo mais uniformemente cinza. É provável que indivíduos da subespécie solanderi ocorram freqüentemente durante o inverno austral ao longo da costa sul brasileira, mas sejam listados como M. giganteus ou apenas Macronectes sp.. Palavras chave: Procellariiformes, Macronectes giganteus solanderi, Rio Grande do Sul Apoio: CAPES 187
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