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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

EFEITO <strong>DE</strong> BORDA <strong>DE</strong> MATA SOBRE A COMUNIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVES EM DOIS<br />

REMANESCENTES <strong>DE</strong> MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DO RIO <strong>DE</strong><br />

JANEIRO.<br />

Marcos André Raposo, Helena de Fátima Bernardino, Liliane de Souza Seixas, Cirilo<br />

Rodrigues Vieira e Renata Stopiglia.<br />

Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro-RJ (raposo@mn.ufrj.br).<br />

O Estado do Rio de Janeiro era, originalmente, coberto pela Mata Atlântica em quase<br />

toda a sua extensão. Existem estimativas de que em 97% do Estado havia alguma das<br />

formações vegetacionais da Mata Atlântica. A área estudada era coberta por Floresta<br />

Ombrófila Densa e, ainda, por Floresta Estacional Semidecidual. Contudo, como em<br />

quase toda a Mata Atlântica, muito pouco restou dessas florestas. O objetivo deste<br />

trabalho foi comparar a estrutura da comunidade de aves, em dois fragmentos de mata<br />

na região da Serra das Araras, no Rio de Janeiro. O primeiro ponto amostrado (Ponto 1)<br />

é um fragmento de mata, cuja borda estudada (clareira) foi aberta há mais de 20 anos.<br />

Seu estado de conservação é bom, com pouca penetração de luz. O segundo fragmento<br />

analisado (Ponto 2) é um remanescente florestal de grande porte em área de relevo<br />

muito acidentado, cuja borda estudada foi aberta um mês antes da amostragem. Foram<br />

realizados levantamentos qualitativos e quantitativos de aves nos pontos de amostragem<br />

dos fragmentos selecionados. Para a realização dos censos, foram percorridas nos Ponto<br />

1 e 2, três trilhas de 200 metros, da borda para o interior da mata, onde foram feitos<br />

pontos de amostragem auditiva e visual a cada 50 metros. As atividades de censo foram<br />

dedicadas 90 horas, enquanto as demais horas, que somam 150 horas, foram utilizadas<br />

para as amostragens qualitativas. Os resultados finais foram obtidos pela comparação<br />

estatística dos dados levantados em cada um dos pontos de amostragem. A análise<br />

conjunta de um total de 189 espécies registradas aponta para uma substancial diferença<br />

no comportamento da comunidade de Aves em relação à borda recentemente criada<br />

(Ponto 2) e à borda antiga (Ponto 1). No caso do Ponto 1, houve um aumento na<br />

representatividade dos grupos indicadores de habitats bem conservados da borda para o<br />

interior da mata. Esse fenômeno não se repetiu no fragmento 2, uma vez que as famílias<br />

indicadoras Formicariidae, Furnariidae e Tyrannidae tiveram uma maior<br />

representatividade na borda recentemente criada. A explicação sugerida para a inversão<br />

do comportamento de alguns grupos de aves é o elevado efeito de borda que parece<br />

ocorrer no Ponto 1 em contraposição à criação de novos micro-hábitats na borda de<br />

mata recém criada no Ponto 2.<br />

Palavras chave: borda de mata, aves e mata atlântica.<br />

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