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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

INFORMAÇÕES SOBRE A ALIMENTAÇÃO <strong>DE</strong> AMAZONA BRASILIENSIS<br />

(PAPAGAIO-<strong>DE</strong>-CARA-ROXA), (LINNAEUS, 1758) NA REGIÃO <strong>DE</strong><br />

GUARAQUEÇABA, PARANÁ BRASIL.<br />

Adriana Oliveira do Valle 1 ; Elenise Angelotti Bastos Sipinski 2 ; Roberto Bóçon 2 .<br />

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) 1 - Sociedade de Pesquisa em Vida<br />

Selvagem e Educação Ambiental - SPVS, papagaio@spvs.org.br 2.<br />

O papagaio-de-cara-roxa, Amazona brasiliensis, é uma espécie mundialmente<br />

reconhecida como ameaçada de extinção. Endêmica da Floresta Atlântica sua<br />

distribuição geográfica estende-se do litoral sul do estado de São Paulo até o extremo<br />

nordeste do estado de Santa Catarina. Assim como outras espécies de papagaios,<br />

alimenta-se principalmente de frutos, folhas, flores, e inflorescências de diversas<br />

espécies vegetais em diferentes estratos da floresta. O objetivo do presente trabalho foi<br />

levantar qualitativamente as espécies vegetais utilizadas na alimentação do papagaio-decara-roxa<br />

nas ilhas Rasa, Gamelas e Grande. A área de estudo está inserida na Área de<br />

Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, localizada no setor leste da Baía das Laranjeiras,<br />

Guaraqueçaba, Pr. As unidades fitoecológicas presentes na área de estudo são a<br />

Formação Pioneira de Influência Marinha, Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas<br />

e Formação Pioneiras de Influência Fluviomarinha. As informações foram levantadas<br />

durante os meses de agosto e outubro de 2003 e janeiro a abril de 2004. Na ilha Rasa, as<br />

informações foram levantadas através de Método de registro alimentar visual (feeding<br />

bouts), que consistiu no deslocamento por dois transectos pré-determinados de 1 Km<br />

cada, com visualização através de bionóculos, os ítens consumidos foram anotados<br />

identificando-se a espécie vegetal em foco. Além dos contatos visuais foram levantados<br />

registros de vestígios que apontassem o indício de utilização de partes vegetais<br />

consumidas pelo papagaio. Para a complementação das informações foram efetuadas<br />

entrevistas e visitas a campo com guias, moradores da região e observadores da biologia<br />

da espécie desde 1988. Através de um esforço amostral de 88 horas de trabalhos de<br />

campo, obteve-se um total de 35 espécies vegetais distribuídas em 24 famílias,<br />

utilizadas na alimentação de Amazona brasiliensis. Deste total foi verificado o consumo<br />

de frutos em 25 espécies, o consumo de sementes em 4 espécies, o consumo de frutos e<br />

sementes em 3 espécies o consumo de frutos e flores em 3 espécies vegetais. Os<br />

resultados apontam 14 espécies vegetais ainda não citadas na alimentação do papagaiode-cara-roxa,<br />

destas, duas foram identificadas a nível de gênero: Rollinia sp (ariticum);<br />

Ocotea sp (canela); Myitenis robusta (ingá); Garcinia gardneriana (bacupari); Andira<br />

fraxinifolia (jacarandá); Norantea brasiliensis (agarrapé); Guarea macrophylla<br />

tuberculata (café-do-mato); Ficus gomelleira (figueira-branca); Ficus pertura<br />

(figueira); Myrsine guianensis (capororocão); Gomidesia spectribiles (guapiroca);<br />

Seguieria langsdorfii (limão-bravo); Psoqueria latifolia (macaco); Citharexyllum<br />

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