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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

NOVO REGISTRO <strong>DE</strong> DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> FORMICIVORA LITTORALIS NO<br />

ESTADO DO RIO <strong>DE</strong> JANEIRO<br />

Maurício B. Vecchi 1,2 e Maria Alice S. Alves 3<br />

1<br />

Movimento Ambiental Pingo D´Água, R. Corte Real, 23, Iguaba Grande, RJ. CEP 28960-000.<br />

2<br />

Programa de Pós-Graduação em Biologia (Ecologia), Universidade do Estado do Rio de<br />

Janeiro (UERJ) (mbvecchi@yahoo.com).<br />

3<br />

Depto. Ecologia - IBRAG, UERJ. R. São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Rio de Janeiro,<br />

RJ. CEP 20.550-011.(masa@uerj.br)<br />

Formicivora littoralis é considerada a única espécie de ave endêmica de restinga,<br />

estando regional e globalmente ameaçada de extinção. Sua distribuição é restrita à<br />

Região dos Lagos (RJ), com ocorrência registrada para os municípios de Saquarema,<br />

Araruama, Arraial do Cabo, São Pedro D’Aldeia e Cabo Frio, geralmente possuindo<br />

elevada densidade local. Este trabalho mostra um novo ponto de ocorrência dessa<br />

espécie na localidade do Morro do Governo (22 o 51’14”S; 42 o 11’47”W), Município de<br />

Iguaba Grande, em um remanescente de restinga à margem norte da Lagoa de<br />

Araruama. Em estudo realizado na área utilizando redes-de-neblina (jan-jul/2004) 33<br />

espécies foram capturadas, sendo F. littoralis o quinto táxon mais freqüente. Além dos<br />

dados de captura, observações ao longo do ano (ago/03 a jul/04) indicam que essa<br />

espécie é residente e se reproduz na área estudada. De dez indivíduos capturados e<br />

anilhados, duas fêmeas apresentavam indícios de atividade reprodutiva (placa de<br />

incubação) em janeiro e março, o que indica o uso da área para a reprodução da espécie.<br />

Tanto suas capturas como os registros visuais e auditivos ocorreram apenas a até poucas<br />

dezenas de metros em relação às margens da lagoa, em meio à vegetação arbustiva<br />

densa de restinga e em solo arenoso, tipo de fisionomia vegetal já conhecido como<br />

hábitat da espécie. A ausência de áreas contíguas de restinga e o alto grau de<br />

urbanização das praias vizinhas possivelmente acarretaram o isolamento da população<br />

de F. littoralis em Iguaba Grande, considerando a baixa capacidade de deslocamento<br />

(especialmente sobre a água) dos Thamnophilidae. O registro dessa espécie em Iguaba<br />

Grande, a aproximadamente 11 km da faixa oceânica, expande seus limites continental e<br />

setentrional até então conhecidos. Como esse Município se situa na porção mediana da<br />

margem continental da Lagoa de Araruama, é provável que a distribuição original de F.<br />

littoralis tenha abrangido as restingas de todo o perímetro da lagoa, até que sua<br />

posterior degradação por ação antrópica teria confinado sua distribuição à face oceânica.<br />

Nas áreas de restinga da faixa oceânica também tem ocorrido acelerada perda de hábitat,<br />

inclusive em Áreas de Proteção Ambiental, o que agrava ainda mais a situação de risco<br />

de extinção de F. littoralis.<br />

Palavras-chave: Formicivora littoralis, restinga, conservação.<br />

Apoio: Associação Mico-Leão-Dourado (CEPF-FFI), CAPES, CNPq e UFF (FV/NEIG).<br />

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