FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC SAZONALIDADE DA AVIFAUNA DA COROA DO AVIÃO, LITORAL NORTE DE PERNAMBUCO Carmem Elisa Fedrizzi Pós-graduação em Oceanografia Biológica, Fundação Universidade Federal de Rio Grande, cefedrizzi@uol.com.br Inserida no complexo estuarino do Canal de Santa Cruz, litoral Norte de Pernambuco, a Coroa do Avião é uma pequena ilha (c.2ha durante a preamar, amplitude de 2,4m) que constitui área de invernada e passagem para várias aves migrantórias, além de abrigar táxons residentes. No presente estudo foram realizados censos mensais com repetição de três dias, c.144hs de campo, no período de outubro/2002 a setembro/2003. Foram registrados 31 táxons, dos quais 22 são aqui tratados como aves costeiras (aqueles que se utilizam dos hábitats costeiros e destes obtém sua alimentação). Dentre estas, 17 são migrantes boreais, em sua maioria limícolas (Charadriidae e Scolopacidae). Foram registradas 11 novas ocorrências para o local (cinco costeiras e seis de áreas abertas), sendo o primeiro registro de Stercorarius pomarinus para a Região Nordeste do Brasil e o segundo para Pernambuco de Thalasseus sandvicensis acuflavidus (passados 59 anos desde o registro anterior), Pandion haliaetus carolinensis e Anas bahamensis bahamensis. O pico de abundância das aves limícolas ocorreu em dezembro (c.7.000), sendo registrados números de Charadrius semipalmatus (máx. 4.020 em dezembro), Calidris pusilla (máx. 2.570 em dezembro) e Calidris alba (máx. 1.190 em novembro) significativamente maiores do que aqueles de estudos anteriores. Uma hipótese para este aumento (enquanto é registrado um declínio nas populações mundiais de aves limícolas) é a de que a maior exploração das áreas adjacentes (e.g. turismo desordenado) possa estar provocando a diminuição da disponibilidade de habitats propícios a sua ocorrência, forçando o redirecionamento dos bandos para o local. Palavras chave: avifauna costeira, flutuação sazonal, limícolas. Apoio: CAPES. 214
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC LISTAGEM PRELIMINAR DA AVIFAUNA DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 1 Ildemar Ferreira, 2 Pedro Ernesto Correia Ventura e 3 Hermes Ribeiro Luz O Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro está localizado na Baixada Fluminense, Município de Seropédica, entre os paralelos 22° 45’ e 22° 49’ de latitude Sul e meridianos 43° 38’ e 43° 42’ de longitude oeste, ocupando área de 3024 hectares. A vegetação é na maior parte constituída por áreas campestres e pastagens, com fragmentos florestais no interior e no entorno e quatro lagos, sendo três artificiais e um natural, bem como alagados espontâneos e temporários. Localiza-se numa região de baixada desmatada, com altitude entre 0 e 75m, margeada por elevações relativamente altas e distantes. Consta que várias ondulações que caracterizavam a superfície forram removidas por terraplanagem para a construção de prédios, parques e rodovias, bem como o plantio de espécies vegetais que constituem a arborização. Na vegetação predominam gramíneas, como o capim colonião, Panicum maximum; capim elefante, Pennisetum purpureum, jaguará, Hiparrenia rufa; Brachiaria sp. e a grama, Paspalum notatum. Ocorrem muitos trechos de eucaliptos, áreas com olericultura e plantio de forrageiras, bem como frutíferas: goiabeiras, mangueiras, jabuticabeiras, jaqueiras, figueiras, tamarindeiros e ingazeiros, espécies que atraem aves. Das 173 espécies de aves registradas neste trabalho, pelo menos 54 estão direta ou indiretamente ligadas aos lagos, sendo que, destas, 33 dependem única e exclusivamente deles para sobreviverem, pelo menos na região, numa extensão de muitos quilômetros quadrados. Deste grupo, uma espécie, o Maçarico-pintado, é um migrante do Hemisfério Norte, procedente das regiões Árticas, ave que em seus longos deslocamentos, necessita de muitas áreas para se alimentarem e acumularem as necessárias calorias das quais necessitam para seus longos vôos. Na avifauna registrada, 98 são não passeriformes e 75, passeriformes. Destes últimos, 27 pertencem ao grupo dos Suboscines e 48, ao dos Oscines, resultado já esperado, pois, sendo os primeiros, os principais representantes da fauna original da América do Sul, uma região alterada como a estudada, tende a possuir um maior número de Oscines, compondo assim uma avifauna de regiões abertas e descampadas, como é a área do campus da Universidade. Observe-se ainda que, do total de 27 dos Suboscines, 22 pertencem á família dos tiranídeos, cuja maioria dos representantes é de campos, pastagens e áreas abertas. 1 Prof. Adjunto DBA/IB/UFRRJ 2 Museu Nacional do Rio de Janeiro/UFRJ 3 Laboratório de Ornitologia da UFRRJ/IB/DBA 215
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