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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

ABUNDÂNCIA E REPRODUÇÃO <strong>DE</strong> COSCOROBA COSCOROBA EM ÁREAS<br />

ÚMIDAS DO EXTREMO SUL DO RIO GRAN<strong>DE</strong> DO SUL.<br />

Fernanda S. Rodrigues 1 , Letícia J. Trilho Otero 1 e Rafael A. Dias 1<br />

1 Museu de História Natural, Universidade Católica de Pelotas, Rua Félix da Cunha 412, 96010-<br />

000, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: radias.sul@terra.com.br<br />

Coscoroba coscoroba é considerada residente no Rio Grande do Sul. Entretanto,<br />

flutuações populacionais intra e interanuais provavelmente relacionadas com variações<br />

no regime hídrico das áreas úmidas onde habita têm sido verificadas no Estado. Entre<br />

novembro de 2001 e agosto de 2004, 15 contagens de C. coscoroba foram realizadas em<br />

nove áreas úmidas dos municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar no intuito<br />

de avaliar a abundância e reprodução da espécie. Nos banhados do Aguirre, Capão Seco<br />

e Taim, a freqüência de ocorrência de C. coscoroba durante o período de estudo foi de<br />

73%, 93¨% e 100%, respectivamente. Valores mínimos e máximos de abundância foram<br />

verificados em maio e novembro de 2002, quando 112 e 2512 aves foram contadas,<br />

respectivamente. Os maiores valores de abundância por área úmida referem-se a 368<br />

indivíduos observados no banhado do Capão Seco em agosto de 2004, 306 no banhado<br />

do Aguirre em novembro de 2002 e 2185 no banhado do Taim em novembro de 2002.<br />

Essa última área úmida concentrou mais de 80% dos indivíduos durante o período de<br />

estudo, à exceção dos meses de inverno, quando 35-63% das aves foram contadas no<br />

banhado do Capão Seco. A variação temporal dos valores de abundância exibiu uma<br />

notável irregularidade, sugerindo intensa movimentação das aves. De modo geral, a<br />

espécie foi mais abundante em banhados rasos como os do Capão Seco e Aguirre entre<br />

o final do inverno e o início da primavera, quando o nível d’água é profundo. Durante<br />

verões e outonos secos, as aves abandonaram essas áreas ou se concentraram em setores<br />

onde a água ainda persistia. No banhado do Taim, a abundância foi maior na primavera<br />

e verão. Em um período de estiagem, entretanto, as aves se concentraram em grandes<br />

números no outono nas margens das lagoas do Nicola e Jacaré, no setor nordeste do<br />

banhado do Taim. Já em uma época de grande cheia, a abundância diminuiu no Taim<br />

durante o final do outono e inverno e aumentou consideravelmente na primavera.<br />

Somente uma pequena parcela (até 4% do total de aves contadas por expedição) da<br />

população reproduz localmente, nidificando principalmente entre agosto e novembro.<br />

Indícios de reprodução foram verificados nos banhados do Capão Seco, Aguirre e Taim.<br />

Palavras-Chave: flutuações populacionais, Estação Ecológica do Taim, Capão Seco<br />

Órgãos financiadores: UCPel<br />

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