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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO <strong>DE</strong> NINHOS EM UM<br />

NINHAL URBANO <strong>DE</strong> EGRETTA ALBA<br />

Antonio Luis Serbena <strong>–</strong> e-mail: alserbena@hotmail.com<br />

Ana Maria Franco <strong>–</strong> e-mail: francoanamaria@yahoo.com.br<br />

A ocorrência de ninhais urbanos é um fenômeno crescente e registrado no mundo todo.<br />

Eles podem fornecer uma série de informações a respeito de como as aves adaptam sua<br />

ecologia e seu comportamento ao ambiente urbano. Há cerca de 20 anos, ocorre no<br />

Parque Municipal Passeio Público, localizado no centro de Curitiba, a formação de uma<br />

ninhal de garças das espécies Egretta alba e Nycticorax nycticorax. O período de<br />

nidificação inicia-se em finais de julho e finaliza em meados de fevereiro do ano<br />

seguinte. São cerca de 230 ninhos de E. alba e acima de 100 para N. nycticorax quando<br />

atingem o auge da estação no mês de outubro. O ninhal é composto de uma área central<br />

onde se concentra o maior número de ninhos de E. alba, posicionados em árvores à<br />

margem de um lago, e decrescendo o número em direção à periferia. Estes fatores foram<br />

medidos nos meses de agosto e setembro de 2002 para determinar a influência de<br />

fatores como distância do ninho mais próximo, distância em relação à margem do lago,<br />

altura do ninho em relação ao chão e à copa da árvore sobre a ocupação da porção<br />

central do ninhal. Foram totalizados 116 registros distribuídos em três dias distintos e<br />

espaçados por períodos de uma semana e meia. Todos os ninhos avaliados estavam na<br />

porção central e foram avistados do chão com estimativa visual das alturas e distâncias a<br />

partir de uma régua de um metro utilizada como escala nos períodos iniciais. Somente<br />

os ninhos em formação foram amostrados estando no máximo no período de postura dos<br />

ovos. A ocupação do ninhal não foi influenciada pela altura do ninho em relação à copa<br />

e nem pela distância da margem do lago. Entretanto, houve uma diminuição da distância<br />

entre os ninhos na porção central à medida que se aproximou do auge do ninhal (P <<br />

0,05). A amplitude das alturas ocupadas pelos ninhos foi diminuindo ao longo do<br />

trabalho, iniciando entre 10 e 18 metros na primeira amostra e diminuindo o intervalo<br />

para 12 e 17 metros na terceira amostra (P < 0,05). Os resultados indicam que as garças,<br />

no início da formação do ninhal, ocupam os melhores lugares para a construção dos<br />

ninhos. À medida que estes locais são ocupados e aumenta o número de aves, lugares<br />

secundários próximos aos melhores locais são utilizados por casais chegados mais<br />

tardiamente, tornando a densidade de ninhos maior e, por conseqüência, diminuindo a<br />

distância entre os ninhos. Acredita-se que estes locais são preferidos às regiões mais<br />

periféricas do ninhal, pois podem oferecer melhores condições para a reprodução e<br />

formação dos filhotes.<br />

Palavras-chave: Egretta alba, ninhal urbano e reprodução.<br />

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