FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC ABUNDÂNCIA E ASPECTOS REPRODUTIVOS DE FREGATA MAGNIFICENS (MATHEWS, 1914), NAS ILHAS MOLEQUES DO SUL, FLORIANÓPOLIS, SC. Irece Farina Machado 1 ; Joaquim Olinto Branco; Juliano César Hillesheim Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar -CTTMar. Caixa postal 360, 88301-970 Itajaí, Santa Catarina, Brasil; 1 E-mail: irece@mail.com. No Brasil ocorrem colônias reprodutivas de F. magnificens de Fernando de Noronha, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná até Santa Catarina; tendo as Ilhas Moleques do Sul como limite austral e maior sítio reprodutivo de aves marinhas na costa catarinense. Devido a carência de dados sobre a reprodução de F. magnificens no litoral brasileiro, este trabalho tem como objetivo fornecer informações básicas sobre abundância e aspectos reprodutivos dessa espécie. As amostragens foram realizadas mensalmente nas Ilhas Moleques do Sul, Florianópolis (27°51’S - 48°26’W), durante o período de janeiro/2003 a dezembro/2003, sendo registrado o tamanho da colônia em número de pares reprodutores, período de reprodução, as amplitudes, média e desvio padrão do comprimento, largura, peso e volume dos ovos. Para estimar o sucesso reprodutivo da colônia foram marcados 30 ninhos e monitorados mensalmente desde a postura dos ovos até os juvenis alçarem vôo. Foi observada na colônia a ocorrência de 6812 exemplares, com média mensal de 567,67 fragatas, oscilando entre 218 em dezembro a 815 adultos em agosto, sendo que 51,63% da população esteve representada por fêmeas e 48,37% por machos. A espécie apresentou um período reprodutivo descincronizado ao longo do ano, com maior esforço nos meses de junho a setembro e menor entre dezembro e maio. Os ninhos foram construídos sobre arbustos e árvores utilizando gravetos e sedimentados com as própias fezes, distando em média 85,43 ± 39,32 cm. O volume médio dos ovos (n= 178) foi de 89,53 ± 6,21 cm 3 , com uma amplitude de comprimento entre 6,1 e 7,9 cm (7,12 ± 0,30), largura de 4,4 e 5,4 (4,83 ± 0,14) e peso entre 67 e 105 g (83,26 ± 7,87). As maiores freqüências de eclosão ocorreram entre os meses de agosto a novembro (130,25 ± 18,99) e as menores de fevereiro a maio (26,75 ± 20,87), demandando em torno de sete a oito meses, da eclosão até o abandono da colônia. Palavras-chaves: Fregata magnificens, Abundância e Aspectos Reprodutivos. 286
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DA AVIFAUNA DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA, RJ. Eduardo Maciel ¹ ¹ Fundação Instituto Estadual de Florestas (RJ). Av. Presidente Vargas 670, 19º andar, CEP 20071-001, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: e-maciel-silva@uol.com.br O Parque Estadual da Pedra Branca localiza-se na região central do Município do Rio de Janeiro e apresenta uma área de 12.500 ha. É provavelmente o mais importante refúgio florestal da ornitofauna carioca, compreendendo grande parte de matas secundárias em elevado estágio de regeneração. Durante as vistorias iniciadas em outubro de 2000 até julho de 2004, foram registrados 15 taxóns endêmicos da Mata Atlântica brasileira e foi possível assinalar algumas espécies pouco conhecidas para Parque Estadual da Pedra Branca e suas imediações, entre as quais destacam-se: Cathartes burrovianus: Em 02/12/03, em um sítio na estrada do Morgadinho, na Ilha de Guaratiba (região leste do Parque), o Sr. Jerson D. Martins observou durante alguns minutos, a menos de 10m de distância, um indivíduo pousado no solo alimentando-se de um rato morto. Cochlearius cochlearius: Um exemplar adulto desta espécie tem sido observado desde 27/05/04. Este indivíduo foi encontrado repousando com a cabeça inclinada para o lado com o bico sob a asa conforme menciona a literatura, em um galho alto, sombreado de uma jaqueira (Artocarpus heterophyllus) na trilha de acesso ao Morro do Quilombo, acima da cota 100m. Leucopternis lacernulatus: Espécie endêmica, com poucos registros documentados para o estado do Rio de Janeiro, constando da “Lista das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção publicada na Instrução Normativa n.º3 do IBAMA”. Em 08/08/03 encontramos uma rêmige e em abril de 2004 uma coberteira, ambas na localidade Pau da Fome. Registramos com foto um exemplar em 25/06/03 e observamos em 26/06/03 um indivíduo pousado no chão bebendo água num pequeno riacho, ambos os registros no Pau da Fome. Porzana albicollis: Em 25/09/2001, uma fêmea (MN 43628) foi coletada por Edmundo Dubauskas, na Colonia Juliano Moreira (leste do PEPB). Apesar de ser comum no Brasil oriental é difícil de ser observada. Pseudoscops (Rhinoptynx) clamator: Em 19/04/04 um exemplar desta espécie morreu eletrocutado na Rua Piraquara no Bairro de Bangu (região norte próxima ao PEPB). Este indivíduo foi levado para o Sr. Francisco M. Oliveira (“Tatico”) (ex-taxidermista do Museu de Caça e Pesca /RJ) para prepará-lo artisticamente, porém não pode aproveitá-lo devido aos danos sofridos no incidente. Foi identificado prontamente como a espécie em questão. Palavras chave: Parque, Rio de Janeiro. 287
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