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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

VARIAÇÕES VOCAIS <strong>DE</strong> CRYPTURELLUS NOCTIVAGUS ZABELE:<br />

DIFERENÇAS ENTRE O CATIVEIRO E O AMBIENTE NATURAL<br />

Guimarães, Letícia 1 ; Garzon, Bruno 1 ; Young, Robert 2 ; Bohórquez, Germán A.<br />

Mahecha 2,3<br />

1 Museu de Ciências Naturais PUC Minas (leticiag@pucminas.br / brunoc@pucminas.com.br); 2<br />

Mestrado em Zoologia de Vertebrados PUC Minas (mahecha@icb.ufmg.br /<br />

robyoung@pucminas.br); 3 UFMG<br />

No grupo das aves as vocalizações apresentam variações que permitem distinguir<br />

espécies, indivíduos de diferentes localidades geográficas e até mesmo indivíduos de<br />

uma mesma população. Essas variações podem estar relacionadas à diferentes tipos de<br />

ambiente e pressões que cada população sofre, sendo que o isolamento reprodutivo pode<br />

ser uma das conseqüências das mesmas. Animais mantidos em ambientes de cativeiro<br />

com estrutura muito diferente de ambientes naturais podem estar propícios a alterações<br />

comportamentais, tendo como conseqüência o não reconhecimento dos indivíduos<br />

cativos pelos indivíduos silvestres, acarretando problemas para programas de<br />

reintrodução e conservação das espécies. O presente trabalho objetivou a análise<br />

comparativa da estrutura das vocalizações de indivíduos cativos e silvestres de<br />

Crypturellus noctivagus zabele (zabelê), verificando a existência de variações vocais<br />

entre os dois grupos submetidos a diferentes pressões ambientais. Indivíduos cativos<br />

foram gravados no zoológico da FZB-BH e no criatório conservacionista CRAX<br />

(BH/MG), e silvestres na APE de Juramento (MG), utilizando gravador mini-cassete,<br />

sem filtro, e microfone acoplado a refletor parabólico. Foram analisados 96 sonogramas<br />

no software Wavesurfer 1.2, sendo mensurados parâmetros de freqüência e tempo das<br />

notas. A variação foi testada através da análise de Kruskal-Wallis, com Mann-Whitney<br />

como teste Post Hoc. Verificou-se variações significativas entre as vocalizações dos<br />

indivíduos livres e de cativeiro, sendo que todos os parâmetros de freqüência<br />

apresentaram diferenças significativas entre os dois grupos. Apenas a duração da nota<br />

quatro não apresenta variação significativa entre os espécimes livres e cativos (W=471;<br />

N=15, N= 81; p= 0,167). A existência de variações significativas no canto de indivíduos<br />

cativos e livres pode constituir uma barreira para reconhecimento intraespecífico e,<br />

portanto, para a reintrodução bem sucedida de espécimes criados em cativeiro. No<br />

entanto, o isolamento vocal entre indivíduos de zabelê não foi testado no presente<br />

estudo, sendo este apenas um dos primeiros passos para estudos mais complexos sobre<br />

variações na vocalização de C. n. zabele e de outras espécies de aves crípticas.<br />

Palavras chave: vocalização, variações vocais, conservação<br />

Órgãos financiadores: COPASA-MG, FIP-PUC Minas, CAPES Apoio: CRAX, FZB-<br />

BH, MCN-PUC Minas<br />

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