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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

PSITACÍ<strong>DE</strong>OS REGISTRADOS NO RIO <strong>DE</strong> JANEIRO ASSOCIADOS AO<br />

TRÁFICO <strong>DE</strong> ANIMAIS<br />

Eduardo Maciel ¹<br />

¹ Fundação Instituto Estadual de Florestas (RJ). Av. Presidente Vargas 670, 19º andar, CEP<br />

20071-001, Rio de Janeiro, RJ. E-mail: e-maciel-silva@uol.com.br<br />

Os representantes da famíla Psittacidae são muito procurados para servir de xerimbabos,<br />

principalmente devido à sua habilidade de imitar a voz humana. Durante o período de<br />

1995-2004, foram apreendidos em situação irregular no Estado do Rio de Janeiro 489<br />

exemplares de 37 espécies diferentes. As espécies mais encontradas foram Amazona<br />

aestiva com 81 indivíduos e Ara ararauna com 77 indivíduos. Foram registradas<br />

espécies originárias de várias regiões do Brasil, inclusive algumas constando na “Lista<br />

das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção do IBAMA” a saber:<br />

Anodorhynchus hyacinthinus, Anodorhynchus leari, Guaruba guarouba, Amazona<br />

rhodocorytha, Amazona vinacea, Amazona brasiliensis e Pyrrhura cruentata. Em<br />

31/05/04 um exemplar de Anodorhynchus hyacinthinus foi fotografado em Copacabana.<br />

Tudo indica ser um indivíduo cativo, devido ao crescimento excessivo da extremidade<br />

de sua maxila e por esta espécie não pertencer ao bioma da Mata Atlântica.<br />

Recentemente 4 espécies de psitacídeos foram encontrados no Município do Rio de<br />

Janeiro. É curioso relatar que essas espécies não constavam em levantamentos<br />

anteriores e aparentemente estão bem adaptadas ao ambiente urbano. Diopsittaca<br />

nobilis: Observado em bandos de 6 e 10 indivíduos alimentando-se dos frutos do ingá<br />

(Inga sp.) no Parque Brigadeiro Eduardo Gomes (Aterro do Flamengo) e um par em<br />

12/10/01 no alto de um tronco de palmeira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.<br />

Aratinga leucophthalmus: Em novembro de 2002 um bando de 7 indivíduos em uma<br />

árvore em São Cristovão. Em 23/09/03 foi observada em pequenos grupos de 4 a 6<br />

indivíduos nas ruas do Grajaú. Aratinga aurea: Em 13/09/03 foi avistado um indivíduo<br />

acompanhando uma caturrita (Myopsitta monachus) no Aterro do Flamengo. Aratinga<br />

auricapilla: Foi observado um grupo de 4 indivíduos em 19/10/01 e 2 indivíduos em<br />

27/07/04 no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Vários orgãos ambientais realizam<br />

apreensões e muitos não contam com funcionários capacitados que cometem equívocos<br />

quanto à identificação e destinação dessas aves. Provavelmente, a ocorrência dessas<br />

espécies está associada à liberação intencional ou mesmo acidental de indivíduos<br />

cativos, ocasionando o estabelecimento de espécies que outrora não existiam<br />

originalmente no local.<br />

Palavras chave: Psitacídeos, Rio de Janeiro, Tráfico.<br />

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