14.01.2013 Views

FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

RIQUEZA E ABUNDÂNCIA <strong>DE</strong> AVES PAPA-FORMIGA<br />

(THAMNOPHILIDAE) FLORESTAIS AO LONGO DO GRADIENTE<br />

ALTITUDINAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TIBAGI, PARANÁ,<br />

BRASIL<br />

Edson Varga Lopes 1, 2 ,3 , Luiz dos Anjos 3, 4 , Fernando de Lima Fávaro 1 , Graziele<br />

Hernandes Volpato 3 e Luciana Baza Mendonça 3<br />

1 . Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Estadual<br />

de Londrina, CP 6001 Londrina<strong>–</strong>PR, CEP 86051-970; 2 . papaformiga@yahoo.com.br; 3 .<br />

Bolsista CNPq; 4 .Depto Biologia Animal e Vegetal da Universidade Estadual de Londrina.<br />

O rio Tibagi tem 550 km de extensão e corta o Paraná no sentido sul-norte. O gradiente<br />

altitudinal entre a nascente do rio e a sua foz (800 m) pode influenciar a estrutura das<br />

comunidades de aves. Nosso objetivo foi analisar a riqueza e abundância dos<br />

Thamnophilidae florestais ao longo da bacia do Tibagi. Amostragens por pontos de<br />

escuta foram realizadas em quatro áreas: no baixo Tibagi (B1, 500-600 m, floresta<br />

Estacional Semidecídua), no médio Tibagi (M1, 700-800 m, transição entre o alto e o<br />

baixo Tibagi) e no alto Tibagi (A1, 1.000 m, Floresta Ombrófila Mista) e (A2, 900-930<br />

m, floresta Ombrófila Mista). As áreas foram amostradas 4 vezes entre agosto de 2003 e<br />

julho de 2004, dois dias consecutivos em cada amostragem. A riqueza de espécies (6 na<br />

B1, 7 na M1, 6 na A1 e 4 na A2) foi semelhante (χ 2 = 0,8; gl = 3 p > 0,05) mas, o<br />

número total de contatos (115 na B1, 68 na M1, 49 na A1 e 48 na A2) diminuiu do<br />

baixo para o alto Tibagi (χ 2 = 42,2; gl = 3 p < 0,01). Os índices de similaridade de<br />

Jacard e de Morisita foram mais baixos entre B1 e A2 (20% e 25% respectivamente). Os<br />

maiores valores qualitativos ocorreram entre M1 e A1 (46%) e quantitativos entre A1 e<br />

A2 (88%). Dysithamnus mentalis e Thamnophilus caerulescens ocorreram nas quatro<br />

áreas, a primeira sem diferença no número de contatos (χ 2 = 0,3; gl = 3 p > 0,05) e a<br />

segunda foi menos abundante na B1 (χ 2 = 8,7; gl = 3 p < 0,05). Hypoedaleus guttatus e<br />

Mackenziaena severa ocorreram apenas na B1 enquanto Batara cinerea e Drymophila<br />

rubricollis ocorreram apenas nas outras três áreas; B. cinerea com abundância<br />

semelhante (χ 2 = 0,9; gl = 2 p > 0,05) e D. rubricollis mais abundante na M1, onde há<br />

grandes extensões de bambu no sub-bosque (χ 2 = 10,3; gl = 3 p < 0,01). Herpslochmus<br />

rufimarginatus ocorreu na B1 e na M1 e Drymophila malura na M1 e na A1, ambas<br />

com baixa abundância. Pyriglena leucoptera ocorreu em três áreas, diminuindo sua<br />

abundância do baixo para o alto Tibagi (χ 2 = 32,6; gl = 2 p < 0,01). Os dados apontam<br />

uma distinção entre B1 e as outras três áreas e um encontro das espécies do baixo e do<br />

alto Tibagi na M1, área de transição na vegetação. A maior abundância na B1 pode estar<br />

relacionada com a estrutura da vegetação, e com a distribuição das presas que compõe a<br />

dieta dos membros da família.<br />

274

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!