FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia
21 a 26 de novembro de 2004
Universidade Regional de Blumenau/SC
ESTRUTURA ESPACIAL DE GRUPOS FUNCIONAIS DE AVES AQUÁTICAS
EM FRAGMENTOS DE ÁREAS ÚMIDAS DO RIO GRANDE DO SUL 1 .
Ângela Schmitz Peter a , Cristina Stenert a , Luís Fernando Carvalho Perelló a , Leonardo
Maltchik a a, b
, Demetrio Luis Guadagnin
a
UNISINOS, Biologia, www.saude.unisinos.br/laboratorios/lecea/;
0854509@cirrus.unisinos.br
b
UFPB, PPG-Zoologia, João Pessoa, PB, Brasil.
A organização dos diferentes grupos funcionais de aves aquáticas em fragmentos de
áreas úmidas é ainda desconhecida. O objetivo deste estudo é avaliar a utilização de
grupos funcionais de espécies de aves aquáticas em 42 fragmentos e duas lagoas
localizados na Planície Costeira do Rio Grande do Sul, censados mensalmente durante
um ano. Foram encontrados seis grupos funcionais de forrageamento. Os onívoros
palustres (30 espécies), os carnívoros palustres (20 espécies) foram os grupos funcionais
de alimentação com maior riqueza de espécies nos fragmentos. Estes grupos são
também os mais numerosos entre as aves aquáticas em geral. Os onívoros campestres,
carnívoros florestais, insetívoros palustres e granívoros palustres representaram
conjuntamente 24,2% da riqueza de espécies. Através de PCA verificamos que a
composição e abundância de grupos funcionais variam significativamente entre os
fragmentos estudados e parece estar relacionada com o tamanho dos fragmentos. Os
fragmentos maiores distinguem-se dos menores pela maior riqueza de insetívoros
palustres. A abundância de todos os grupos funcionais aumenta com o tamanho dos
fragmentos. Estes resultados sugerem que o tamanho dos fragmentos de áreas úmidas é
o principal fator responsável pela estruturação dos grupos funcionais de aves aquáticas.
Palavras-chave: grupos funcionais; aves aquáticas; fragmentação.
1 Fundação O Boticário (N° 528/200), CAPES (N° BEX0431/03-6), Unisinos (N° 032/01).
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