FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia
21 a 26 de novembro de 2004
Universidade Regional de Blumenau/SC
AVIFAUNA SILVESTRE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL: O
COMÉRCIO ILEGAL
Sílvia Silva Peixoto, Daniel Gomes Pereira, Jeffsiane Keyla Pereira de Farias, Márcia
Nazareth Cordovil do Couto, José Maurício de Brito Padrone & Maria Elaine de
Oliveira
Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais- Universidade Federal Fluminense
E-mail: silviaspeixoto@yahoo.com.br
O Brasil ocupa a terceira posição mundial em relação à diversidade de aves. Após a
perda do habitat, a caça para subsistência e comércio é a segunda maior ameaça para a
avifauna silvestre brasileira Buscando demonstrar a importância do Estado do Rio de
Janeiro como rota nacional / internacional do tráfico desses animais e identificar as
principais espécies de aves envolvidas nesse comércio, foram analisados dados de
apreensões e resgates da fauna do Batalhão da Polícia Florestal e de Meio Ambiente do
Estado do Rio de Janeiro – BPFMA/RJ, (1997-2000), Centro de Triagem de Animais
Silvestres do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente-CETAS/IBAMA (2002 a 2003) e
Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro-IEF/RJ (2001 a 2002). Das 13.872
aves apreendidas pelo BPFRJ, 59% pertence à Ordem dos Passeriformes,
compreendendo basicamente 5 famílias: Icteridae, Emberizidae, Thraupidae, Tyranidae
e Turdidae; deste total, 40% pertence a Emberizidae representados expressivamente por:
Sicalis flaveola (canário-da-terra) – 1.313; Volatinia jacarina (tiziu) – 764; Saltator
similis (trinca-ferro)- 646. Estes dados corroboram com o encontrado pelo CETAS-
IBAMA, cujo maior número de apreensões compreende as espécies Sporophila spp,
Saltator similis e Sicalis flaveola. Psitacídeos estão entre os mais procurados devido à
beleza das cores. Segundo o CETAS-IBAMA, este grupo está em segundo lugar em
número de capturas. Algumas espécies apreendidas não ocorrem no Estado livremente,
indicando que este se constitui em rota importante na questão do tráfico de animais.
Urge que seja intensificada a fiscalização nas principais rotas de tráfico do Brasil, nas
chamadas feiras-livres, e que se faça a concentração de dados de apreensão da fauna em
um único órgão. Dessa forma, teríamos maior controle sobre a real situação desse
comércio ilegal, cujos objetos de venda constituem-se umas das maiores riquezas do
nosso país.
Palavras chaves: Rio de Janeiro; comércio ilegal; aves.
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