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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

AVES FRUGÍVORAS <strong>DE</strong> MÉDIO E GRAN<strong>DE</strong> PORTE EM DIFERENTES<br />

REGIÕES FITOECOLÓGICAS DA MATA ATLÂNTICA NO SUL DO BRASIL.<br />

Luciana Baza Mendonça, Patrícia Pereira Serafini, Luiz dos Anjos, Graziele Hernades<br />

Volpato, Roberto Boçon, Edson Varga Lopes, Fernando de Lima Fávaro e Maria<br />

Victoria Bisheimer.<br />

Laboratório de Ornitologia e Bioacústica, Universidade Estadual de Londrina, Depto de<br />

Biologia Animal e Vegetal,Caixa Postal 6001, 86051-970, Londrina, PR, Brasil.<br />

E-mail:lucianabaza@yahoo.com.br<br />

Aves frugívoras de médio e grande porte representam uma parcela considerável da<br />

biomassa em comunidades de aves tropicais e desempenham importantes papéis<br />

ecológicos ao interagirem com as plantas, como a dispersão e a predação de sementes.<br />

Contudo, elas figuram entre as mais ameaçadas na Floresta Atlântica Brasileira. Aqui,<br />

apresenta-se um estudo da composição e abundância de aves frugívoras de médio e<br />

grande porte (Cracidae, Ramphastidae, Trogonidae, Cotingidae e Psittacidae) em<br />

remanescentes florestais de Mata Atlântica nos estados do Paraná e Santa Catarina. O<br />

estudo compreendeu 12 áreas, abrangendo as principais regiões fitoecológicas da Mata<br />

Atlântica: Floresta Ombrófila Densa (FOD; 3 áreas), Floresta Ombrófila Mista (FOM;<br />

5) e Floresta Estacional Semidecidual (FES; 4). Amostragens sazonais foram<br />

conduzidas entre outubro de 2003 e agosto de 2004. Dois métodos foram utilizados: (1)<br />

pontos de escuta de distância ilimitada e (2) observação em transecções. Até o<br />

momento, amostrou-se um total de 516 pontos e 86km. Os dois métodos geraram<br />

resultados semelhantes quanto à abundância e foram complementares no levantamento<br />

da riqueza específica. Ao todo, 28 espécies foram registradas, sete das quais são<br />

consideradas raras, quase-ameaçadas ou vulneráveis (Pipile jacutinga, Amazona<br />

vinacea, Triclaria malachitacea, Ramphastos vitellinus, Phibalura flavirostris,<br />

Carpornis melanocephala e Lipaugus lanioiides). O número de espécies não variou<br />

significativamente entre as regiões fitoecológicas (18 espécies na FOD, 15 na FOM e 16<br />

na FES), mas observaram-se diferenças na composição e/ou abundância das espécies<br />

entre as regiões; algumas espécies apresentaram distribuição limitada a apenas um dos<br />

tipos de florestas. Além dos aspectos biogeográficos que certamente influenciaram na<br />

composição e abundância das espécies nas diferentes regiões da Mata Atlântica, outros<br />

fatores como a disponibilidade de frutos ao longo do ano e a estrutura da vegetação<br />

podem estar envolvidos. Ainda, tamanhos populacionais naturalmente baixos,<br />

associados a questões como a perda ou redução do hábitat, caça e eventos climáticos<br />

podem ser responsáveis pela ausência ou baixo número de registros para algumas<br />

espécies em determinadas áreas.<br />

Palavras-chave: aves frugívoras, Mata Atlântica, estimativas de abundância.<br />

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