FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC OS BEIJA-FLORES E SEUS RECURSOS FLORAIS NO PARQUE MUNICIPAL DE MUCUGÊ, MUCUGÊ, CHAPADA DIAMANTINA, BA Aline G. Coelho 1,2 , e Caio G. Machado 1,3 1 LORMA – Laboratório de Ornitologia e Mastozoologia, DCBio, Universidade Estadual de Feira de Santana. Km 03, BR 116, Feira de Santana, BA. CEP 44031-469. 2 alinagcoelho@bol.com.br; 3 graco@uefs.br Este estudo investigou as espécies de plantas que têm suas flores visitadas por beijaflores em uma área de campo rupestre da Chapada Diamantina. Foram feitas doze expedições bimensais, ao Parque Municipal de Mucugê (PMM), Mucugê, Bahia de março de 2002 a janeiro de 2004, com cerca de cinco dias cada. Os registros foram obtidos através de observações focais e aleatóreas, da aurora ao crepúsculo. Foram tomados os dados morfométricos das flores, assim como sua concentração de néctar. Os troquilídeos foram capturados com redes de neblina, sendo o comprimento de seus bicos mensurados com ajuda de paquímetro. Sete espécies de beija-flores foram registradas no PMM, forrageando em flores de 38 espécies de plantas (de 24 famílias), riqueza semelhante ao registrado em estudo realizado em áreas florestadas da Mata Atlântica. A análise do agrupamento das espécies de beija-flores, de acordo com a similaridade dos recursos que exploram, indicou três grupos: o primeiro composto pelos beija-flores residentes Chlorostilbom aureoventris e Phaethornis pretrei; outro composto exclusivamente por Augastes lumachellus, presente na área de estudo nos meses dezembro e janeiro; e o terceiro formado por Chrysolampis mosquitus,Calliplox amethystina, Colibri serrirostris e Amazilia lactea. A comunidade de plantas exploradas por beija-flores apresentou floração contínua ao longo do ano, com maior número de espécies floridas na estação chuvosa. Stachytarpheta crassifolia, Cuphea ericoides e Hoenbergia ramageana foram as espécies vegetais mais visitadas pelos trochilídeos. Do total de espécies visitadas, apenas 42% foram consideradas ornitófilas. O uso de plantas não ornitófilas demonstra a capacidade da adaptação dessas aves para explorarem recurssos alimentares. Palavras chave: Chapada Diamantina, beija-flor, campo rupestre. Órgão financiador: PIBIC/CNPq, PRODOC/FAPESB, Projeto Sempre-Viva. 198
XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia 21 a 26 de novembro de 2004 Universidade Regional de Blumenau/SC LESÕES CAUSADAS POR PARASITOS NO PRÓ-VENTRÍCULO DOS PETRÉIS-GIGANTES MACRONECTES GIGANTEUS E MACRONECTES HALLI (PROCELLARIIFORMES : PROCELLARIIDAE) Fernanda I. Colabuono, Viviane Barquete e João Carlos Brahm Cousin Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Av. Itália km 8, C.P. 474, 96201-900, Rio Grande – RS. 1 Lab. de Elasmobrânquios e Aves Marinhas, ficolabuono@lycos.com; 2 Lab. de Ictioparasitologia, vibarquete@yahoo.com.br; 3 Lab. de Histologia, Um exemplar de Macronectes giganteus e um de Macronectes halli foram coletados na praia do Cassino (52°18’ W; 32°22’S), em setembro e outubro de 2003. Ambos eram machos, juvenis, e possuíam infecção por nematodas no pró-ventrículo (M. giganteus N=136 e M. halli N=477). Alguns destes nematodas foram identificados como pertencentes ao gênero Hysterothylacium (M. giganteus N=75 ; M. halli N=356). O próventrículo de M. giganteus media 170 mm de comprimento e possuía úlceras com aspecto rugoso e rígido devido à descamação da parede do orgão. A maior das úlceras media 33,5 mm de comprimento e 28,9 mm de largura. Nematodas foram encontrados fixados nestas lesões e na parede do pró-ventrículo. Em cortes histológicos observou-se necrose das células parietais, destruição do epitélio de revestimento e de glândulas gástricas. O pró-ventrículo de M. halli media 177 mm de comprimento e possuía na região superior uma lesão arredondada medindo 27 mm de largura e 10 mm de altura. Internamente a lesão possuía, no centro, regiões com manchas escuras e na periferia regiões brancas, formadas por tecido de preenchimento. Alguns dos nematodas encontravam-se fixados na parede do pró-ventrículo, inseridos na região mucosa e no interior da lesão. A lesão foi caracterizada como granulomatosa, apresentando infiltração por linfócitos, presença de células de defesa, como plasmócitos e heterófilos. Envolvendo o parasito havia uma camada queratinizada e exudato. Células epitelióides encontravam-se ao redor do parasito, juntamente com outras células de defesa. Através da coloração de Mallory foi possível observar hemácias fora dos vasos sanguíneos, entre tecidos e glândulas gástricas. A única camada afetada foi a mucosa, com destruição de glândulas e preenchimento por tecido conjuntivo. Esta camada apresentou-se 6,3 vezes maior do que a mucosa normal. Este tipo de lesão demonstra a luta prolongada entre o hospedeiro e o parasito, que apresenta grande dificuldade em ser removido, resultando em uma inflamação crônica. Palavras-chave: Histopatologia, Macronectes, Nematoda 199
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