FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

XII CBO – Congresso Brasileiro de Ornitologia
21 a 26 de novembro de 2004
Universidade Regional de Blumenau/SC
AVIFAUNA DA ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE SÃO CRISTÓVÃO,
SERGIPE.
Marco Antonio de Freitas 1; Elbano Paschoal de Figueiredo Moraes 2; Ângelo Giussepe
Rodrigues Brasileiro 3; Luiz Eduardo Moysés 4; Thaís Figueiredo Santos Silva 5.
1,2,3,4,5. GAMBA (Grupo Ambientalista da Bahia) philodryas@hotmail.com
A intervenção ambiental com impacto direto no meio físico e biótico tem exigido dos
órgãos ambientais municipais, estadual ou federal o monitoramento da fauna como
subsídio para o entendimento de como as diversas atividades antrópicas podem afetar os
ecossistemas, além de minimizar os impactos para os mesmos, criando parâmetros para
melhor restauração dos danos. Para a instalação da linha de transmissão que une
Camaçarí/BA até Xingo/SE, foi suprimida uma faixa de vegetação nativa de cerca de
50m de largura para a instalação das torres e cabos de 500 KVA. Após os impactos
advindos desta atividade, foi solicitado pela CHESF (Companhia Hidroelétrica do São
Francisco) o monitoramento faunístico. Dentre os Estados nordestinos que possuem o
domínio original de mata atlântica e que são carentes de listagens de aves, o menos
amostrado é o Estado de Sergipe. Uma das áreas escolhidas para o monitoramento foi
um fragmento de mata de aproximadamente 200 hectares situado na Escola Agrotécnica
Federal de São Cristóvão no município de São Cristóvão/SE. A área possui mata
atlântica em estágios iniciais e médios de regeneração, e apesar de muito antropizada,
ainda é constituída de uma fauna vertebrada diversificada. Foram realizadas 5
campanhas de levantamento e monitoramento entre Janeiro de 2001 e Dezembro de
2002, onde foram utilizadas técnicas de anilhamento de aves, captura através de 10
redes de neblina, e observação por pontos fixos e procura-ativa. Foram encontradas 88
espécies de aves, distribuídas em 31 Famílias, destacando-se a Emberezidae com 18
espécies e Tyranidae com 17 espécies. Apesar da área encontrar-se muito degradada,
constitui ainda habitat para algumas espécies, na sua maioria de áreas abertas. Também
ocorrem outras com maior exigência florestal, destacando-se Glaucis hirsuta, Trogon
curucui, Sitassomus griseicapilus, Xiphorhrynchus picus, Cnemotricus fuscatus,
Capsiensis flaveolus, Chirophixia pareola, Thryothorus genibarbis, Cyanerpes cyanus e
Arremon taciturnus. Como verificado, o local necessita de maior atenção por parte da
administração da E. A. F. S. Cristóvão, e também dos órgãos de proteção ambiental de
Sergipe, com a importância de se conservar o local, a fim de manter tais espécies que
são de grande valor científico.
Palavras chaves: Ornitofauna; São Cristóvão; Sergipe.
Órgãos financiadores: CHESF (Companhia Hidroelétrica do Vale do Rio São Francisco;
GAMBÁ (Grupo Ambientalista da Bahia).
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