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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - SBO

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XII CBO <strong>–</strong> Congresso Brasileiro de Ornitologia<br />

21 a 26 de novembro de 2004<br />

Universidade Regional de Blumenau/SC<br />

LESÕES CAUSADAS POR PARASITOS NO PRÓ-VENTRÍCULO DOS<br />

PETRÉIS-GIGANTES MACRONECTES GIGANTEUS E MACRONECTES<br />

HALLI (PROCELLARIIFORMES : PROCELLARIIDAE)<br />

Fernanda I. Colabuono, Viviane Barquete e João Carlos Brahm Cousin<br />

Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Av. Itália km 8, C.P. 474, 96201-900, Rio<br />

Grande <strong>–</strong> RS. 1 Lab. de Elasmobrânquios e Aves Marinhas, ficolabuono@lycos.com; 2 Lab. de<br />

Ictioparasitologia, vibarquete@yahoo.com.br; 3 Lab. de Histologia,<br />

Um exemplar de Macronectes giganteus e um de Macronectes halli foram coletados na<br />

praia do Cassino (52°18’ W; 32°22’S), em setembro e outubro de 2003. Ambos eram<br />

machos, juvenis, e possuíam infecção por nematodas no pró-ventrículo (M. giganteus<br />

N=136 e M. halli N=477). Alguns destes nematodas foram identificados como<br />

pertencentes ao gênero Hysterothylacium (M. giganteus N=75 ; M. halli N=356). O próventrículo<br />

de M. giganteus media 170 mm de comprimento e possuía úlceras com<br />

aspecto rugoso e rígido devido à descamação da parede do orgão. A maior das úlceras<br />

media 33,5 mm de comprimento e 28,9 mm de largura. Nematodas foram encontrados<br />

fixados nestas lesões e na parede do pró-ventrículo. Em cortes histológicos observou-se<br />

necrose das células parietais, destruição do epitélio de revestimento e de glândulas<br />

gástricas. O pró-ventrículo de M. halli media 177 mm de comprimento e possuía na<br />

região superior uma lesão arredondada medindo 27 mm de largura e 10 mm de altura.<br />

Internamente a lesão possuía, no centro, regiões com manchas escuras e na periferia<br />

regiões brancas, formadas por tecido de preenchimento. Alguns dos nematodas<br />

encontravam-se fixados na parede do pró-ventrículo, inseridos na região mucosa e no<br />

interior da lesão. A lesão foi caracterizada como granulomatosa, apresentando<br />

infiltração por linfócitos, presença de células de defesa, como plasmócitos e heterófilos.<br />

Envolvendo o parasito havia uma camada queratinizada e exudato. Células epitelióides<br />

encontravam-se ao redor do parasito, juntamente com outras células de defesa. Através<br />

da coloração de Mallory foi possível observar hemácias fora dos vasos sanguíneos,<br />

entre tecidos e glândulas gástricas. A única camada afetada foi a mucosa, com<br />

destruição de glândulas e preenchimento por tecido conjuntivo. Esta camada<br />

apresentou-se 6,3 vezes maior do que a mucosa normal. Este tipo de lesão demonstra a<br />

luta prolongada entre o hospedeiro e o parasito, que apresenta grande dificuldade em<br />

ser removido, resultando em uma inflamação crônica.<br />

Palavras-chave: Histopatologia, Macronectes, Nematoda<br />

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