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SUJEITO SABERES E PRÁTICAS SOCIAIS

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nascimento e da morte dos membros da comunidade. A noção de mundo<br />

da vida e o processo de formação da consciência aparecem com destaque<br />

na fenomenologia proposta por Husserl (2000). Nesta perspectiva, a<br />

experiência vivida por atores e atrizes no meio social e a forma como a<br />

consciência intencional incorpora significados, símbolos e valores,<br />

correspondem ao “mundo da vida”. Daí a relevância da “análise do senso<br />

comum” (GEERTZ, 1997, p.115) para a compreensão de práticas e<br />

saberes situados em determinados contextos socioculturais.<br />

Se o mundo da vida constitui uma estrutura de conhecimentos<br />

comuns compartilhados pelos membros do grupo, como seria possível<br />

captar suas manifestações? De acordo com Schütz (2007), para entender as<br />

atitudes naturais do ser humano e o mundo da vida é imprescindível<br />

observar as “categorizações” e as “tipificações” que estão relacionadas com<br />

o conhecimento comum e os modos como as pessoas veem a realidade.<br />

Observando as categorizações e as tipificações que estruturam os<br />

conhecimentos comuns do grupo, é possível identificar as práticas sociais e<br />

construir um saber sobre o mundo da vida. Retomando as perspectivas de<br />

Weber e Husserl, Schütz (2007) voltou-se para o mundo ordinário e as<br />

experiências vivenciadas pelo ser humano em suas práticas cotidianas.<br />

As categorizações e as tipificações podem ser encontradas na<br />

linguagem habitual do grupo ou na comunidade. Estas categorizações<br />

consistem em concepções criadas pelas pessoas para dar sentido e<br />

significado ao mundo. Além de um conteúdo significativo para a<br />

comunidade, o estoque de conhecimentos comuns auxilia os indivíduos na<br />

resolução de problemas que surgem no cotidiano. Sendo assim, o estudo<br />

do senso comum tornou-se fundamental para a fenomenologia social.<br />

Observa-se uma correlação entre abordagens como o<br />

interacionismo simbólico, a fenomenologia social e a sociologia<br />

compreensiva de Weber. Para analisar os tipos de dominação, Weber<br />

formulou o conceito de “tipo ideal”. A “tipologia sociológica”<br />

proporcionava tanto a categorização quanto a distinção das formas de<br />

dominação. Desta maneira, Weber (1999) diferenciou conceitualmente as<br />

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