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SUJEITO SABERES E PRÁTICAS SOCIAIS

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145<br />

Só entra se for torcendo<br />

Porque batendo não vai<br />

Depois que enferruja dentro<br />

Nem distorcendo não sai.<br />

(Zezito de Vital)<br />

Operando no princípio de dar forma a tudo o que é hoje, o mito é<br />

um dos modos como os homens apreendem e explicam a realidade. Por<br />

força de sua importância na experiência, as causas dos fenômenos<br />

corriqueiros não podem ser explicadas pelos meios comuns, pela visão<br />

ordinária, o único modo de conhecê-las é através do sobrenatural, do<br />

divino:<br />

Só Deus sabe explicar de que maneira<br />

Em teu cérebro embutiu tamanha mina<br />

Teu minério poético é coisa fina<br />

Extraído da mente sem fronteira<br />

Antônio Arcanjo<br />

Analisando a narrativa mítica grega, Orlandi 5 observa que sua<br />

função é a de organizar a realidade e tornar inteligível os fenômenos que<br />

permeiam a vida cotidiana. Logo, podemos inferir que toda essa<br />

narratividade analisada, promove a condução de certas atividades práticas e<br />

cotidianas. Explica, por exemplo, a realização dos festivais de amadores e a<br />

multiplicação dos poetas, um evento real, para o qual não há melhor<br />

explicação disponível.<br />

Memória Coletiva<br />

5 ORLANDI, Juliano. As Narrativas Míticas. Disponível em:<br />

www.seed.pr.gov.br/portals/folhas.

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