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40<<strong>br</strong> />
Matemática Ensino Fundamental<<strong>br</strong> />
Vamos analisar um outro fato histórico<<strong>br</strong> />
interessante.<<strong>br</strong> />
Conta-se que Arquimedes (287-215 a.C.) precisou<<strong>br</strong> />
resolver um problema para o rei Hierão II. Esse rei<<strong>br</strong> />
de Siracusa, na Itália, do terceiro século antes de<<strong>br</strong> />
Cristo, encomendou uma coroa a um ourives,<<strong>br</strong> />
fornecendo-lhe 3kg de ouro e 1kg de prata. O<<strong>br</strong> />
ourives fez a coroa, que pesava 4kg. Hierão,<<strong>br</strong> />
porém, ficou desconfiado, pensando que o ourives<<strong>br</strong> />
poderia ter usado 2,5kg de ouro e 1,5kg de prata.<<strong>br</strong> />
Por isso pediu ao sábio Arquimedes um meio de<<strong>br</strong> />
desmascarar a suposta trapaça do ourives sem<<strong>br</strong> />
destruir a coroa.<<strong>br</strong> />
Conta-se que, ao tomar banho em um banheiro<<strong>br</strong> />
público, observando a elevação da água à medida<<strong>br</strong> />
em que mergulhava seu corpo, percebeu que<<strong>br</strong> />
poderia resolver o problema. Entusiasmado, saiu<<strong>br</strong> />
correndo para casa, atravessando as ruas<<strong>br</strong> />
completamente despido e gritando a palavra<<strong>br</strong> />
grega que se tornou famosa: “Eureka! Eureka!”,<<strong>br</strong> />
isto é: “Achei! Achei!”.<<strong>br</strong> />
E você? Aconteceu algum episódio na sua vida ou<<strong>br</strong> />
na sua experiência escolar em que você sentiu<<strong>br</strong> />
essa sensação de Arquimedes e teve vontade de<<strong>br</strong> />
gritar: achei! achei!? Em caso afirmativo,<<strong>br</strong> />
descreva-a.<<strong>br</strong> />
O raciocínio de Arquimedes é descrito a seguir,<<strong>br</strong> />
reproduzindo um possível diálogo dele com ele<<strong>br</strong> />
mesmo:<<strong>br</strong> />
Pelos deuses! Se meu corpo desloca seu<<strong>br</strong> />
próprio peso do líquido em que está<<strong>br</strong> />
mergulhando, então meu corpo,<<strong>br</strong> />
mergulhado na água, perde exatamente o<<strong>br</strong> />
peso líquido que desloca! E isso é... o que<<strong>br</strong> />
é? É uma balança nova, Arquimedes! Uma<<strong>br</strong> />
nova maneira de pesar e medir as coisas,<<strong>br</strong> />
um princípio que poderei usar para medir<<strong>br</strong> />
a coroa! Isso mesmo, poderei medir aquela<<strong>br</strong> />
maldita coroa... Um quilo de ouro, de fato,<<strong>br</strong> />
tem um certo volume, maior do que o do<<strong>br</strong> />
ouro, mas também imutável. Um quilo de<<strong>br</strong> />
prata tem outro volume, maior que o do<<strong>br</strong> />
ouro, mas também imutável. O volume de<<strong>br</strong> />
água deslocado por um quilo de ouro,<<strong>br</strong> />
portanto, deverá ser menor do que o<<strong>br</strong> />
deslocado por um quilo de prata, e uma<<strong>br</strong> />
mistura dos dois metais deverá deslocar<<strong>br</strong> />
um volume de água proporcional à mistura<<strong>br</strong> />
dos dois metais! Perfeito, Arquimedes! Não<<strong>br</strong> />
existem dúvidas, você encontrou ... você<<strong>br</strong> />
achou... eu achei... achei...<<strong>br</strong> />
Garozzo, Filippo, Arquimedes. Editora Três, 1975.