Design, Tecnologia e Linguagem: Interfaces - Universidade ...
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Transparências e fragrâncias: materialidades simbólicas nas embalagens de perfume<br />
Figura 19: Frasco do perfume Féerie, de 2008, da Van Cleef & Arpels.<br />
Fonte: Guia de Perfumes, 2010.<br />
De acordo com Balro (2007), evocar o imaginário é uma tendência da perfumaria.<br />
Grandes marcas buscam inspiração em fábulas e contos. Usar o perfume, possuir a embalagem<br />
é um pouco como fazer parte do mundo da ficção.<br />
Crenças e religiosidade<br />
Dialogando com a tradição histórica dos perfumes como trânsito entre a concretude<br />
da vida e a transcendência espiritual, as referências religiosas e crenças também são<br />
materializadas nos frascos de perfume. O envoltório Boss Orange (2009) da Hugo Boss evoca<br />
os setes chacras do corpo humano (GUIA DE PERFUMES, 2010), que foram mencionados<br />
primeiramente nos Vedas, textos sânscritos que formam a base da religião hindu.<br />
Os setes chacras representam “locais onde as essências atuam como metáfora da<br />
energia que flui desses pontos” (GUIA DE PERFUMES, 2010, p. 48). O frasco (fig. 20) do perfume<br />
foi concebido como um suporte para sete pedras preciosas. Estas alinham-se verticalmente<br />
umas sobre as outras, apoiando-se na moldura de metal da embalagem (OLIVEIRA, 2010).<br />
Figura 20: BossOrange, de 2009, da Hugo Boss. Fonte: Guia de Perfumes, 2010.<br />
Em 2009, a Shiseido, empresa japonesa de cosméticos e perfumaria, lançou o fragrante<br />
Zen. O perfume foi criado especialmente com ingredientes terapêuticos como a flor de lótus,<br />
<strong>Design</strong>, Arte, Moda e <strong>Tecnologia</strong>.<br />
São Paulo: Rosari, <strong>Universidade</strong> Anhembi Morumbi, PUC-Rio e Unesp-Bauru, 2010 166