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Design, Tecnologia e Linguagem: Interfaces - Universidade ...

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Investigações metodológicas: aproximação entre design e tecnologia<br />

damos como exemplo o Atelier Lab, de Etiene Delacroix que, segundo Bastos (2009),<br />

“Partindo de uma visão ampla da passagem de um paradigma redutivo, que foi<br />

típico da modernidade, para um paradigma generativo, típico do contemporâneo,<br />

Delacroix coleta resultados de uma prática itinerante, na forma de laboratórios<br />

artesanais criados com equipamentos de segunda mão. Ele recria estes<br />

componentes geralmente tidos como inúteis, em oficinas onde também ensina<br />

aos participantes os fundamentos de seu funcionamento. O trabalho de Delacroix<br />

lida com as figuras mínimas de linguagem digital, dissolvendo a distancia entre<br />

hardware e software, em abordagem que desafia os estereótipos mais simplistas<br />

sobre as formas de difusão do conhecimento na era da tecnologia”. (BASTOS,<br />

2009, p. 29)<br />

O Professor Etienne Delacroix, físico e pesquisador belga, desenvolve ações<br />

pedagógicas inovadoras com recursos computacionais, visando apropriação criativa por<br />

crianças e adolescentes, por meio de dejetos computacionais, desmistificando a linguagem<br />

eletrônica. Bastos relata que práticas desse tipo tornaram-se comuns. Ele cita, Rob Van<br />

Kranemburg, em The Internet of Things no qual descreve: “[...] o termo Bricolab foi cunhado<br />

pelo coletivo estilingue como parte de uma idéia de MetaReciclagem, sendo implementada no<br />

Brasil, com o nome Bricolabs. Este termo vem descrever uma narrativa colaborativa que pode<br />

ser escrita por muitas vozes, a minha sendo uma apenas”.<br />

Segundo Bastos, “[...] são experiências que serviram, como inspiração para a<br />

política de criação de pontos de cultura do governo brasileiro, tornando-se parte<br />

da equação uma demanda quantitativa que se descontextualiza dos debates<br />

propostos originalmente em recomendações como o Atelier Lab ou Bricolabs.<br />

(BASTOS, 2009, p. 29).<br />

Ações como essas de ativismo, inclusão e sustentabilidade trabalhadas e criadas<br />

por coletivos, são tipos de metodologias voltadas a uma forma de design emergente de<br />

reapropriação tecnológica para transformação social. Como afirmam os autores Bronac Ferran<br />

e Felipe Fonseca no site Desvio, o Brasil criou pontos de cultura quando implantou, na época<br />

do ministro Gilberto Gil, entre 2003 a 2007 um programa chamado Cultura Digital.<br />

O programa chamou atenção internacional é o que veremos a seguir com os autores<br />

Ferran e Fonseca, no site Desvio. Disponível em: weblab.tk/pub/mapeamento.br<br />

“ [...] foi uma iniciativa engajada em movimentos sociais e culturais dentro do<br />

país, entre eles a aliança de ativistas de software livre e de código aberto e<br />

hackers com um ministro e sua equipe que estavam engajados não apenas<br />

com a retórica, mas também com a realidade da abertura de recursos de mídias<br />

digitais para jovens do Brasil desenvolveram protagonismo, independência e<br />

autonomia. “[...]” A transformação começa quando crianças nas comunidades<br />

reconhecem os dispositivos de tecnologias digitais como ferramentas de<br />

<strong>Design</strong>, Arte, Moda e <strong>Tecnologia</strong>.<br />

São Paulo: Rosari, <strong>Universidade</strong> Anhembi Morumbi, PUC-Rio e Unesp-Bauru, 2010 195

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