Design, Tecnologia e Linguagem: Interfaces - Universidade ...
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As experiências do design finlandês: reflexões para ações do design<br />
(1966), os quais se uniram às associações já existentes para arquitetos de interiores (1949) e<br />
designers têxteis (1956). Esta instituição passou a receber anualmente suporte financeiro do<br />
Ministério da Educação para cobrir as despesas de expansão das ações e atividades relativas<br />
ao ensino e prática do design.<br />
A experiência do envolvimento dos três setores apresentou resultados significativos na<br />
educação em design. Esses resultados geraram reconhecimento fora do país, e a partir de<br />
1987 uma série de conferências internacionais em colaboração com líderes do cenário em<br />
design de vários países discutiram a educação e a pesquisa em design. Estabeleceu-se assim o<br />
<strong>Design</strong> Forum Finland, cujo objetivo é promover o design gerando oportunidades na economia<br />
e nos negócios, aumentando a competitividade nas indústrias do país e capacitando-as para<br />
a exportação de produtos com design (DESIGN FORUM FINLAND, 2009).<br />
Raulik et. al (2009) afirmam que essas ações trouxeram à Finlândia a liderança, como um<br />
dos mais competitivos países no Fórum Econômico Mundial. A atribuição de poder decisório e<br />
verbas a um órgão consciente da importância da participação efetiva dos setores envolvidos<br />
permitiu o estabelecimento de metas coletivas. Como no caso da inclusão do design como<br />
parte essencial do planejamento de investimentos em longo prazo, priorizando o setor de P&D.<br />
Ações surgidas desse movimento acabaram por originar programas de política em design.<br />
Programas estes que dentre seus objetivos, visavam transferir inovação de natureza tecnológica<br />
dos projetos desenvolvidos na <strong>Universidade</strong> para possíveis utilizações pela indústria, criando<br />
um centro para design como parte dessa política: a <strong>Design</strong>ium (LANDIM, 2009).<br />
O centro de inovação é composto pela <strong>Universidade</strong> de Arte e <strong>Design</strong> de Helsinque,<br />
a <strong>Universidade</strong> da Lapônia, <strong>Universidade</strong> de <strong>Tecnologia</strong> de Helsinque (HUT) e a Escola de<br />
Economia de Helsinque (HSE), em estreita colaboração entre elas, e conta ainda com a<br />
cooperação de outras universidades, empresas e organizações públicas.<br />
Esse conjunto de fatores explica a forte presença de instituições ligadas à P&D, uma<br />
característica única não encontrada em outros países, de acordo com Raulik et. al (2009).<br />
Aliada a outro fator importante na promoção do design, a mobilidade dos estudantes - seja de<br />
estrangeiros para a Finlândia ou vice-versa – permite a troca e expansão de conhecimentos e<br />
estimula inovações.<br />
Atualmente se vê a penetração do design em universidades de tecnologia e economia,<br />
gerando transferência de conhecimento e potencializando abordagens multidisciplinares.<br />
Destaca-se também a forma como a política em design se desenrola no país, com a participação<br />
de representantes da indústria, educação, designers e o setor público como meio de gerar<br />
iniciativas para as instituições decisórias, tanto públicas como privadas. Como observa Landim<br />
(2009), a UIAH (<strong>Universidade</strong> de Arte e <strong>Design</strong> de Helsinque) tem participado ativamente em<br />
várias ações e iniciativas, de forma que ela não se mantém apenas concentrada em educação<br />
e pesquisa, mas também em colaboração com a política em design.<br />
<strong>Design</strong>, Arte, Moda e <strong>Tecnologia</strong>.<br />
São Paulo: Rosari, <strong>Universidade</strong> Anhembi Morumbi, PUC-Rio e Unesp-Bauru, 2010 181