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Volume 1 - Ministério do Esporte

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em 1969, de mo<strong>do</strong> a financiar um campeonato com a participação de equipes<br />

de todas as regiões, ten<strong>do</strong> o futebol como fator de unidade nacional.<br />

Sustenta<strong>do</strong>s pelo “milagre econômico”, grandiosos estádios, com capacidade<br />

para 70, 100 mil pessoas, começam a ser construí<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong>s os cantos <strong>do</strong><br />

País. Convém notar que, além <strong>do</strong>s estádios pertencentes aos próprios clubes,<br />

como o Morumbi, em São Paulo, e o Beira Rio, em Porto Alegre, outros<br />

foram construí<strong>do</strong>s pelos próprios governos estaduais, como o Mineirão, em<br />

Belo Horizonte, e o Castelão, em Fortaleza.<br />

A ressaca pela conquista <strong>do</strong> tri-campeonato mundial no México,<br />

no entanto, viria a expor a fragilidade da estrutura sobre a qual se assentava o<br />

futebol brasileiro. A desorganização <strong>do</strong> setor, decorrente da gestão ama<strong>do</strong>ra<br />

de suas práticas, o inchaço <strong>do</strong> calendário por conta da sobreposição <strong>do</strong>s<br />

campeonatos regionais e nacional, configura<strong>do</strong>s para atender indicações<br />

políticas e pessoais de dirigentes, denúncias de corrupção nas entidades<br />

dirigentes, principalmente na CBD, legitimaram uma intervenção federal no<br />

futebol.<br />

Em 1975, o Governo Geisel substitui, no coman<strong>do</strong> da CBD, João<br />

Havelange por Heleno Nunes, presidente da ARENA, parti<strong>do</strong> de sustentação<br />

ao governo, e edita uma série de atos com vistas à reformulação <strong>do</strong> sistema<br />

desportivo nacional, ainda regula<strong>do</strong> pelas disposições <strong>do</strong> decreto promulga<strong>do</strong><br />

por Vargas, em 1941. De natureza claramente centraliza<strong>do</strong>ra e<br />

intervencionista, as novas disposições legais mantinham forte controle sobre<br />

as entidades desportivas e reafirmavam o poder <strong>do</strong> Conselho Nacional de<br />

Desportos.<br />

Essas iniciativas, por isso mesmo, em nada contribuíram para pôr<br />

fim à inadequação organizacional <strong>do</strong> futebol brasileiro. Controlada por um

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