Volume 1 - Ministério do Esporte
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12 mil barraqueiros e ambulantes*<br />
10 mil na infra-estrutura (bilheteiros, catraqueiros, fiscais,<br />
faxineiros, etc)*<br />
8 mil jornalistas + apoio técnico*<br />
500 mil torce<strong>do</strong>res nos estádios( média de 2 mil por jogo)*<br />
25 milhões de especta<strong>do</strong>res na TV*<br />
*estimativas<br />
Em que pese essa enorme capacidade de mobilização e de<br />
geração de empregos, o futebol brasileiro movimenta apenas cerca de R$ 16<br />
bilhões por ano, o que representa menos de 1% <strong>do</strong> PIB <strong>do</strong> País. Os clubes<br />
profissionais brasileiros geram uma receita anual de aproximadamente US$<br />
182 milhões, muito inferior aos valores movimenta<strong>do</strong>s por países europeus,<br />
como Inglaterra, com US$ 1 bilhão, e Itália, com US$ 700 milhões anuais,<br />
para citar <strong>do</strong>is exemplos. Observe-se, também, que o Brasil vende apenas 10<br />
milhões de ingressos anuais para jogos de futebol, mesmo com campeonatos<br />
que reúnem expressivo número de times participantes, enquanto a Inglaterra,<br />
com apenas 92 clubes profissionais, vende 45 milhões de ingressos por ano.<br />
A realidade <strong>do</strong> futebol brasileiro, em constante crise gerencial e<br />
financeira, torna evidentes as disfunções existentes na estrutura e na<br />
organização <strong>do</strong> setor. Reclama, por isso mesmo, a identificação <strong>do</strong>s fatores<br />
que impedem o desenvolvimento de sua capacidade socioeconômica, bem<br />
como a reflexão sobre possíveis caminhos que possibilitem a reversão dessa<br />
tendência. De fato, não parece razoável que times como Flamengo e<br />
Corinthians, que, soma<strong>do</strong>s, contam com quase 50 milhões de torce<strong>do</strong>res, não<br />
tenham condições econômicas, pelo menos aproximadas, aos <strong>do</strong>s grandes<br />
times europeus.