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A-Escola-dos-Deuses-Formacao-Elio-DAnna

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expressões de uma só Escola, contornos diferentes de uma única e milenar

busca que se uniu às disciplinas marciais e à vigília do guerreiro.

Quando aprofundei essa investigação, descobri que Arriano, um dos

historiadores do séquito de Alexandre, o Grande, em Anabasis Alexandrou,

transmitiu em uma só frase a regra alimentar e o segredo da energia do

imperador: “... havia sido educado na moderação: no desjejum, uma marcha

antes do amanhecer; no jantar, uma refeição leve”. Mesmo os guerreiros

macedônios, modelos insuperáveis de valor e de força para toda a

Antiguidade, eram de uma frugalidade alimentar lendária. Dormiam sobre a

terra nua e, ainda que suportando esforços extremos e enfrentando

circunstâncias das mais temerárias, comiam não mais que um punhado de

azeitonas. Ainda assim, eram incansáveis, os mais temidos, um verdadeiro

pesadelo para os exércitos inimigos.

A eliminação intencional de um só grama de comida, a abstinência de

um só minuto de sono eram, para Lupelius, fatores tão poderosos, a ponto de

poder colocar em crise todo o sistema de convicções de um ser humano e

transtornar os falsos equilíbrios.

Sua escola propunha a ausência de doença, velhice ou morte como

direito de nascimento e condição natural do ser humano.

UM SER SEM DOENÇA, SEM IDADE E SEM MORTE.

Sempre, ao longo dos séculos e em todas as tradições, a conquista do

domínio de si mesmo tinha exigido práticas e disciplinas voltadas a trazer à

tona o lodo emocional, como o chamava Lupelius, uma operação

indispensável para descobrir as feridas internas e liberar do profundo do ser

qualquer sombra incipiente.

Estudando o manuscrito, um dia descobri o incrível segredo a que

havia chegado Lupelius. Seu anúncio é o manifesto de uma revolução do

pensamento que não parece se dirigir aos seus contemporâneos, mas a uma

assembleia científica do futuro: ... É hora de a humanidade sair de um sono

ancestral, metafísico. É hora de sacudir o pó milenar de suas convicções. O

documento encerrava com esta insustentável afirmação: A comida, o sono, o

sexo, a doença, a velhice, a morte são hábitos mentais ruins. É preciso

libertar-se deles. Em outros pontos do seu manuscrito, são também chamados

superstições, ilusões.

O CAMPO É O CORPO... O CAMPO DE BATALHA É O SEU CORPO, DIZ LUPELIUS.

CADA VITÓRIA SOBRE O EXCESSO DE COMIDA, CADA MINUTO SUBTRAÍDO DO SONO VOCÊ O

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