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A-Escola-dos-Deuses-Formacao-Elio-DAnna

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prosseguir, antagonismos físicos e psíquicos que testam a força da nossa

aspiração, a clareza do nosso propósito, nosso preparo, nossa determinação.

UMA IMPOSSIBILIDADE SEMPRE ABRE AS PORTAS À POSSIBILIDADE SEGUINTE.

Avançando sempre mais na visão do Dreamer, eu sentia o poder de

um treinamento especial. Estava recebendo Dele o ensinamento de uma arte

marcial capaz de transformar em força propulsora qualquer ataque ou

qualquer coisa que, na vida, parece contrapor-se a nós. Inimigos e obstáculos

apresentavam-se agora sob uma nova luz.

HOMEM OU EVENTO, O ANTAGONISTA TEM A INGRATA MISSÃO DE REVELAR CADA

VAZIO, CADA FALTA, FRAQUEZA OU MEDO QUE VOCÊ CARREGA DENTRO DE SI; DE

DENUNCIAR SEM NENHUM COMPROMISSO A SUA FALTA DE PREPARO, AS IMPERFEIÇÕES, AS

CULPAS, OS LIMITES QUE VOCÊ MESMO ERIGIU.

O Dreamer enfatizou ironicamente qual o troco que damos ao

antagonista pelos seus preciosos serviços: maledicência e rancor.

A figura do padre Nuzzo apareceu em minha memória e prevaleceu

sobre a pequena multidão de antagonistas encontrados nos anos da minha

infância no Colégio Bianchi. Senti uma pungente melancolia e um pequeno

remorso ao me recordar de todas as maldades que nós fazíamos para ele.

Somente agora, ao lado do Dreamer, eu podia ver, atrás da dureza do padre

Nuzzo, dos seus ataques mais severos, o sorriso e o amor de quem

compreende o jogo.

Os mestres que mais odiamos são aqueles que nos deram mais,

afirmou com um ar de quem recita uma epigrama. Sua intervenção dispersou

meus pensamentos e removeu o campo das sombras e dos fantasmas gerados

por aqueles sentimentos inúteis.

Da Sua exposição estava observando o surgimento de um sistema, um

modelo cósmico recorrente capaz de ser aplicado a todas as ações humanas,

individuais e sociais; uma espécie de lei universal observável em qualquer

escala.

Particularmente, havia me chamado a atenção Sua referência à

possibilidade de não se submeter à lei do antagonista. Sobre esse ponto

manifestei-Lhe minha incapacidade de imaginar um mundo sem atrito, em

que fosse possível propor e atingir qualquer objetivo sem se valer da ajuda

preciosa e impiedosa do antagonista.

“Como se faz?”, perguntei fascinado pela perspectiva de transformar

a vida em um paraíso terrestre, onde finalmente o antagonista não teria

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