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A-Escola-dos-Deuses-Formacao-Elio-DAnna

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Proibido matar-se dentro

“A integridade do ser é somente o início de uma humanidade que

escolheu viver para sempre”, completou padre S. “Semelhante atrai

semelhante. Morte atrai morte e não pode abater quem é conectado à vida.”

Providos de integridade, os lupelianos retornavam incólumes das

missões mais temerárias. Nenhum instrumento de guerra parecia feri-los,

como se qualquer ligação com a morte houvesse sido extirpada para sempre.

Sem proselitismo e sem ir contra qualquer filosofia, os monges-guerreiros de

Lupelius sabiam elevar-se, e elevavam homens, mulheres e eventos em torno

deles a uma faixa superior do ser. Eram vitoriosos já antes de combater. A

vitória significava vencer a si mesmo, as próprias dúvidas, os medos, a

ignorância. A vitória externa era somente uma comprovação da vitória

interna. Assim, curando o próprio ser, alimentando a própria impecabilidade,

tornando-se inacessíveis ao mal, venceram desafios considerados impossíveis

e realizaram façanhas lendárias.

“A primeira causa da morte é exatamente nossa separação de Deus, é

haver transferido o divino para fora de nós”, disse padre S., pegando de uma

gaveta uma folha e anotando nela alguma coisa. Depois continuou. “Lupelius

diz: ‘Você pode odiar Deus porque está doente, porque sofre ou é pobre, mas

eu lhe asseguro: a razão pela qual você está doente, em sofrimento ou em

estado de pobreza é sua divisão de Deus’.

Os seres humanos esqueceram-se disso e transformaram o planeta em

um mundo de morte. Fizeram da morte a razão da vida. À morte dedicam

cada pensamento, a ela dirigem cada ação.

‘Ame e Sirva’ é o mote. Para estar a serviço da humanidade é preciso

amar... e antes de tudo, a si mesmo, a própria vida.”

Neste ponto, padre S. baixou a voz. Intuí que estava para me

confidenciar o ensinamento mais secreto, a mais incrível das verdades

recebidas da Escola.

“Lupelius recordava aos seus discípulos...”, parou por instantes

intermináveis.

Seus lábios tremeram antes de pronunciar as palavras de seu mestre:

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