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faringe e laringe - Repositório do Hospital Prof. Doutor Fernando ...

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IX . IMUNOLOGIA DAS AMÍGDALAS<br />

Os plasmócitos das amígdalas conseguem produzir as 5 classes<br />

de imunoglobulinas: IgG (~65%), IgA (~30%), IgM, IgD, e IgE.<br />

Os linfócitos ativa<strong>do</strong>s também migram para as glândulas (órgãos<br />

efetivos) onde se diferenciam em células produtoras de anticorpos<br />

(Ig). A maior parte destas Ig são IgA, as quais existem na<br />

forma dimérica (duas moléculas IgA unidas por uma cadeia J ).<br />

A produção de cadeias J pelas células produtoras de Ig, é crucial<br />

para o transporte epitelial <strong>do</strong>s polímeros Ig pelo componente<br />

secretório (também denomina<strong>do</strong> de recetor da Ig polimérica).<br />

Assim, os polímeros de IgA são exporta<strong>do</strong>s através de células<br />

salivares serosas por um complexo recetor epitelial-IgA (IgA secretória),<br />

o qual a protege da digestão enzimática (fig.3). Portanto,<br />

a relação anatómica próxima entre as amígdalas e as<br />

glândulas salivares tem uma grande importância funcional. Apesar<br />

da grande quantidade de células produtoras de IgA, não<br />

existe produção de componente secretório nas amígdalas palatinas<br />

(só nos adenoides). No entanto, a IgA é passivamente<br />

transferida para o lúmen das criptas. A IgA combina-se com patogénios<br />

ou outras moléculas, impedin<strong>do</strong> desta forma a sua ligação<br />

ou absorção pela mucosa, ou então tornan<strong>do</strong>-os<br />

inofensivos, de mo<strong>do</strong> a que sejam transporta<strong>do</strong>s como complexos<br />

imunes e destruí<strong>do</strong>s pelo sistema reticuloen<strong>do</strong>telial.<br />

A cadeia J também está presente na IgM, a qual também pode<br />

ser secretada de forma semelhante à IgA. Nos pacientes com<br />

deficiência seletiva de IgA, não existe IgA secretória (sIgA), mas<br />

a sua função pode ser substituída pela IgM. Noutros pacientes<br />

com deficiência de IgA, a disfunção Ig resulta na existência de<br />

muitas células a produzirem IgD na mucosa. Contu<strong>do</strong>, a IgD não<br />

pode ser secretada e consequentemente esses indivíduos são<br />

suscetíveis a infeções respiratórias recorrentes. A chave para<br />

uma proteção mucosa eficiente reside na capacidade da IgA secretória<br />

em evitar a aderência das bactérias e vírus ao epitélio faríngeo.<br />

Como os patogénios comuns das vias respiratórias<br />

superiores, como o Haemophilus influenzae, Streptococcus<br />

pneumoniae e Neisseria meningitidis, produzem frequentemente<br />

proteases IgA1 específicas (a IgA1 é o isótipo preferencialmente<br />

produzi<strong>do</strong> como IgA secretória), a imunomodulação

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