inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...

More documents

Recommendations

Info

5.3. O LIVRO NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Feita uma breve caracterização da produção do ponto de vista dos títulos e do tecido tipográfico português, com base nos registos do DL, passa‐se agora a uma outra abordagem, a da produção de livros medida em número de exemplares. A fonte é agora o Inquérito Anual à Produção Industrial (IAPI) do INE. Esta fonte permite abordar a produção de livros em Portugal de um outro ângulo, na medida em que inclui não só dados relativos à produção mas também à comercialização e às receitas com livros. O IAPI tem por objetivo caracterizar a produção industrial portuguesa, através da recolha e divulgação de dados referentes aos produtos produzidos e vendidos, incluindo os livros (a já referida subclasse 22110 Edição de Livros da CAE – REV. 2.1.). Contextualizando, o IAPI começou a ser aplicado em 1992 75 em função do Regulamento (CE) nº 3924/91, de 19 de dezembro (Regulamento PRODCOM), o qual determina que os Estados‐ membros realizarão um inquérito estatístico comunitário sobre a produção industrial, com o objetivo de obter informações completas, recentes e fiáveis sobre a produção das indústrias comunitárias. Ainda de acordo com o Regulamento, este inquérito abrange as atividades enumeradas na Nomenclatura das Atividades Económicas nas Comunidades Europeias, secções C, D e E, a seguir denominada NACE (Rev. 1). A aplicação do IAPI está a cargo do INE, que ajustou ao caso português os parâmetros e as nomenclaturas estabelecidos pelo Regulamento. Os dados obtidos nesse Inquérito, aliados a outros instrumentos de análise nele abordados, permitem verificar qual a tendência comportamental deste segmento das indústrias transformadoras relativamente à edição de livros através de informação sobre o volume de produção e de vendas anuais. No inquérito do INE, entre os anos de 2000 e 2006, participaram as empresas com sede social em Portugal, cuja atividade principal ou secundária estivesse relacionada, pelo menos, com uma atividade económica inserida nas secções C – Indústrias Extrativas, D – Indústrias Transformadoras ou E – Produção e Distribuição de Eletricidade, Gás e Água (CAE – REV.2.1). A empresa constituiu a unidade estatística inquirida e a unidade observada foi a Unidade de Atividade Económica (UAE) 76 . A amostra foi constituída pelas empresas que em cada ramo representam 90% do volume de negócios nesse mesmo ramo, sendo portanto variável o número de empresas selecionadas a 75 Nos anos anteriores, esta informação (ou parte dela) era recolhida no Inquérito Anual à Indústria Transformadora. 76 Esta é, segundo a nota explicativa das Estatísticas da Produção Industrial do INE, uma unidade de observação estatística que reúne dentro de uma empresa o conjunto de partes que concorrem para o exercício de uma atividade da CAE ‐ Rev.2.1. Trata‐se de uma unidade que corresponde a uma ou várias subdivisões operacionais da empresa, independentemente do local onde é exercida a atividade económica. 136
cada ano (em 2005 foram 17.275). Contudo, em ramos com um número reduzido de empresas, garante‐se que, se esse número for igual ou inferior a 5 empresas, todas elas serão inquiridas correspondendo nestes casos a 100% do volume de negócios. O método de recolha de informação foi o questionário eletrónico e por via postal. O suporte de recolha de informação agrega 280 instrumentos de notação diferentes, correspondentes às diversas atividades industriais. Varia conforme a UAE inquirida. Os produtos que integram a lista comunitária PRODCOM (quadro nº 27), por atividade, são analisados à luz de cinco variáveis: as quantidades produzidas; quantidades vendidas; valor das vendas, para a produção comercializada; valor total das vendas, ventilado por mercados; e valor total dos serviços industriais prestados (INE, 2007a). Quadro nº 27 Lista PRODCOM dos produtos industriais da Edição de livros (2003) Código Designação 22.11 Edição de livros 22.11.10.00 Livros, brochuras e impressos semelhantes, em folhas soltas 22.11.21.10 Outros livros, brochuras e impressos semelhantes: livros escolares 22.11.21.20 Outros livros, brochuras e impressos semelhantes: livros para crianças 22.11.21.30 Outros livros, brochuras e impressos semelhantes: literatura 22.11.21.40 Outros livros, brochuras e impressos semelhantes: ciências sociais e humanidades 22.11.21.50 Outros livros, brochuras e impressos semelhantes: ciências naturais e tecnologia 22.11.21.60 Outros livros, brochuras e impressos semelhantes: outros 22.11.21.63 Listas nacionais, regionais e locais; listas telefónicas, de telex e de fax 22.11.21.65 Publicações destinadas a consulta 22.11.21.67 Repertórios de exportação profissionais, internacionais 22.11.21.69 Livros, brochuras e impressos semelhantes, álbuns e livros para crianças 22.11.21.80 Álbuns ou livros de ilustrações e álbuns para desenhar ou colorir, para crianças 22.11.22.00 Livros, brochuras e impressos semelhantes; em suporte eletrónico 22.11.31.00 Dicionários e enciclopédias, mesmo em fascículos 22.11.32.50 Dicionários e enciclopédias mesmo em fascículos; em suporte eletrónico 22.11.41.00 Obras cartográficas de qualquer espécie, incluídas as cartas murais e as plantas topográficas, impressas sob a forma de livros ou brochuras 22.11.42.00 Atlas e outras obras cartográficas impressas, sob a forma de livros ou brochuras; em suporte eletrónico 22.11.51.00 Globos e outras obras cartográficas de qualquer espécie, impressas, exceto sob a forma de livros ou brochuras 22.11.52.00 Globos, mapas e outras obras cartográficas, exceto em forma de livros; em suporte eletrónico Fonte: UE, Regulamento nº 347/2003, de 30 de dezembro de 2002. Nota: Realizada com base na NACE, a classificação estatística das atividades económicas da Comunidade Europeia. 137
Page 3 and 4:
INQUÉRITO AO SECTOR DO LIVRO PARTE
Page 5:
Nota de abertura O texto que agora
Page 8 and 9:
também estiveram envolvidos, entre
Page 10 and 11:
8 4.3. OS MÉDIA E A COMERCIALIZAÇ
Page 12 and 13:
Índice de quadros, gráficos e map
Page 14 and 15:
67. Sistema de apoio das empresas d
Page 16 and 17:
Índice de mapas 7. O CONSUMO: PRE
Page 18 and 19:
IPC Índice de Preços no Consumido
Page 20 and 21:
informação válidas. Como se ver
Page 22 and 23:
ou não são suficientes do ponto d
Page 24 and 25:
tem sido igualmente referida - a ag
Page 26 and 27:
Livro, e apesar das dificuldades co
Page 28 and 29:
26 reprodutibilidade (a partir de
Page 30 and 31:
entendidos enquanto conjunto de org
Page 33 and 34:
1. O SECTOR DO LIVRO COMO OBJETO DE
Page 35 and 36:
desenvolvimento da indústria, se b
Page 37 and 38:
que visam minorar os efeitos da inc
Page 39 and 40:
1.2. INDÚSTRIAS CRIATIVAS No relat
Page 41 and 42:
Remunerados de forma semelhante a o
Page 43 and 44:
ponderado através de uma fração
Page 45 and 46:
têm muito mais a arriscar e as per
Page 47 and 48:
Por sua vez, a redução dos nívei
Page 49:
sector do livro é, em termos prát
Page 52 and 53:
que, no seu conjunto, constituem um
Page 54 and 55:
Ao longo da história do Depósito
Page 56 and 57:
A quarta fonte não é classificáv
Page 58 and 59:
Depósito Legal Bibliothèque Natio
Page 60 and 61:
(v) Qual a relação é possível e
Page 62 and 63:
Quadro nº 5 Fontes estatísticas d
Page 64 and 65:
ISBN Fonte Indicadores Tipo de font
Page 66 and 67:
2.3. DISCURSOS NA IMPRENSA SOBRE AS
Page 68 and 69:
66 para a APEL, que se debate anual
Page 70 and 71:
simultaneamente, refletir as práti
Page 72 and 73:
3.1. EMPRESAS EDITORAS COMO ATIVIDA
Page 74 and 75:
serviço, dos custos e perdas e dos
Page 76 and 77:
3.2. ENTIDADES QUE EDITAM LIVROS Co
Page 78 and 79:
Em termos de aproveitamento da info
Page 80 and 81:
Outro elemento a ter em conta é qu
Page 82 and 83:
A integração vertical nos grandes
Page 84 and 85:
Grupos editoriais em Portugal No pl
Page 86 and 87:
em 2005, da cadeia de livrarias Bul
Page 88 and 89: Ora, em termos da base de dados pro
Page 90 and 91: manifestar com maior incidência na
Page 92 and 93: Mas o que entender então por ediç
Page 94 and 95: 92 Designação Quadro nº 13 Edito
Page 96 and 97: Algo que remete uma vez mais para a
Page 99 and 100: 4. A COMERCIALIZAÇÃO Este capítu
Page 101 and 102: Tendo por base os dados do boletim
Page 103 and 104: estes estão disponíveis para cons
Page 105 and 106: As informações a recolher pretend
Page 107 and 108: anterior (com €2.942 milhões). Q
Page 109 and 110: Quadro nº 17 Estabelecimentos, vol
Page 111 and 112: Quadro nº 20 Peso relativo de Livr
Page 113 and 114: proposta para a realização de um
Page 115 and 116: CTT - Correios de Portugal Os CTT c
Page 117 and 118: O apuramento da informação foi fe
Page 119 and 120: No que toca ao conhecimento da real
Page 121 and 122: Quadro nº 22 Empresas com presenç
Page 123 and 124: que vendessem os conteúdos dos seu
Page 125 and 126: São várias as constatações nest
Page 127 and 128: 5. A PRODUÇÃO DE LIVROS Neste cap
Page 129 and 130: Teria sido relevante, do ponto de v
Page 131 and 132: Não obstante a evolução oscilant
Page 133 and 134: 600 500 400 300 200 100 0 Gráfico
Page 135 and 136: Gráfico nº 7 Títulos depositados
Page 137: Quadro nº 26 Títulos depositados
Page 141 and 142: 30.000.000 25.000.000 20.000.000 15
Page 143 and 144: A análise dos dados permite verifi
Page 145 and 146: Quadro nº 30 Valor das vendas e pr
Page 147 and 148: 6. O MERCADO INTERNO Neste capítul
Page 149 and 150: Ano Quadro nº 31 Títulos e Exempl
Page 151 and 152: O DL abarca, como foi referido ante
Page 153 and 154: 18.000 17.000 16.000 15.000 14.000
Page 155 and 156: 100% 80% 60% 40% 20% Uma perspetiva
Page 157 and 158: Quanto à distribuição dos títul
Page 159 and 160: No período 2002 a 2007 verifica‐
Page 161 and 162: Outra fonte, esta mais atual, é o
Page 163 and 164: Apesar dos constrangimentos anterio
Page 165 and 166: Quadro nº 42 Média do volume de n
Page 167 and 168: Na comparação por país observa
Page 169 and 170: modo a tornar mais eficiente e efic
Page 171 and 172: 7. O CONSUMO: PREÇOS, PRODUÇÃO,
Page 173 and 174: De acordo com o gráfico nº 17 com
Page 175 and 176: 135 130 125 120 115 110 105 100 95
Page 177 and 178: O IVNCR é apurado pelo INE desde j
Page 179 and 180: 190 160 130 100 70 81 85 86 Gráfic
Page 181 and 182: Quanto ao índice do volume de neg
Page 183 and 184: Não é, portanto, possível observ
Page 185 and 186: Ainda uma nota relativamente às de
Page 187 and 188: gasta com Publicações e Literatur
Page 189 and 190:
600 500 400 300 200 100 0 Gráfico
Page 191 and 192:
Como se pode depreender, o apuramen
Page 193 and 194:
despesa média de 6%, que oscila en
Page 195 and 196:
Quanto às despesas municipais com
Page 197 and 198:
8. POLÍTICAS PÚBLICAS Este capít
Page 199 and 200:
As estatísticas culturais mostram
Page 201 and 202:
de edição das obras clássicas da
Page 203 and 204:
Quadro nº 56 Referências ao livro
Page 205 and 206:
Assim, no seu conjunto, os document
Page 207 and 208:
A crescente perceção relativament
Page 209 and 210:
8.3. APOIOS DA ADMINISTRAÇÃO CENT
Page 211 and 212:
concedidos sob a forma de aquisiç
Page 213 and 214:
Considerando agora a língua para a
Page 215 and 216:
Programa de apoio do Ministério da
Page 217 and 218:
Relativamente à Edição de livros
Page 219 and 220:
países da Oceânia e das diferente
Page 221 and 222:
vigoram acordos comerciais dentro d
Page 223 and 224:
9. EMPREGO E FORMAÇÃO ACADÉMICA
Page 225 and 226:
Quadro nº 69 Pessoal ao serviço d
Page 227 and 228:
Quadro nº 72 Média de pessoal ao
Page 229 and 230:
9.2. A FORMAÇÃO ACADÉMICA NO SEC
Page 231 and 232:
Nome do curso Ciências Documentais
Page 233 and 234:
Quadro nº 75 Cursos académicos na
Page 235 and 236:
De facto, tendo em conta o ano de i
Page 237 and 238:
Observados os dados do pessoal ao s
Page 239 and 240:
10. O MERCADO EXTERNO: TROCAS COM O
Page 241 and 242:
Estes movimentos têm a sua traduç
Page 243 and 244:
Quadro nº 79 Saldo Saídas‐Entra
Page 245 and 246:
Língua Oficial Portuguesa (Angola
Page 247 and 248:
Quadro nº 82 Exportações de Livr
Page 249 and 250:
Livros e outras publicações para
Page 251 and 252:
Quadro nº 87 Importações em Espa
Page 253 and 254:
O número de ISBN inscritos para os
Page 255 and 256:
10.5. EMPRESAS EXPORTADORAS PORTUGU
Page 257 and 258:
Quadro nº 93 Empresas exportadoras
Page 259 and 260:
ao passo que 4 têm um volume super
Page 261 and 262:
11. AS OPINIÕES DOS PROTAGONISTAS
Page 263 and 264:
associativos), transcritas integral
Page 265 and 266:
comercial no passado e cujo apareci
Page 267 and 268:
Entrevista nº 14 - Editor Todavia,
Page 269 and 270:
Políticas públicas: O Plano Nacio
Page 271 and 272:
Bom, para já terá havido alguma c
Page 273 and 274:
De acordo com alguns dos testemunho
Page 275 and 276:
editora independente. Pareceu‐nos
Page 277 and 278:
Nós trabalhamos sobretudo com pres
Page 279 and 280:
Sempre que possível tentamos fazer
Page 281 and 282:
uma lógica nas grandes editoras de
Page 283 and 284:
da produção gráfica do livro, ca
Page 285 and 286:
portugueses consagrados ou, muito m
Page 287 and 288:
There are certain languages/literat
Page 289 and 290:
BALANÇO FINAL ‐ PARA UM SISTEMA
Page 291 and 292:
Desta Parte I do Inquérito emerge
Page 293 and 294:
BIBLIOGRAFIA AAVV (2001), interven
Page 295 and 296:
Garnham, Nicholas (2005), "From cul
Page 297 and 298:
⎯ (2000b), Despesas dos Municípi
Page 299 and 300:
Vitiello, Giuseppe (1995), "Diversi
Page 301 and 302:
Decreto‐Lei nº 102/2008, de 20 d
Page 303 and 304:
ANEXOS
Page 305 and 306:
ANEXO 1 CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNI
Page 307 and 308:
0 Generalidades. CLASSIFICAÇÃO DE
Page 309 and 310:
8 Linguística. Linguagem. Literatu
Page 311 and 312:
ANEXO 2 GUIÃO DE ENTREVISTA - PROT
Page 313 and 314:
1. Aspectos preliminares ‐ Aprese
Page 315 and 316:
‐ Cadeia de decisão no tocante
Page 317 and 318:
ANEXO 3 LISTA DE ENTREVISTADOS - PR
Page 319 and 320:
LISTA DE ENTREVISTADOS - PROTAGONIS
Page 321 and 322:
ANEXO 4 LISTA DE ENTREVISTADOS - AG
Page 323:
LISTA DE ENTREVISTADOS - AGENTES LI
show all

inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?