inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...
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pesquisa sobre o <strong>sector</strong> <strong>do</strong> <strong>livro</strong> que alimente e mantenha, se possível melhore, a atualidade e a<br />
consistência <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, bem como a sua capacidade explicativa.<br />
Passan<strong>do</strong> a uma síntese <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s neste capítulo confirma‐se, quanto à<br />
evolução <strong>das</strong> entra<strong>das</strong> e <strong>das</strong> saí<strong>das</strong> de Livros, brochuras e impressos semelhantes, que Portugal é<br />
essencialmente importa<strong>do</strong>r. No último ano para o qual há da<strong>do</strong>s disponíveis (2007, embora<br />
ainda provisórios) regista €65 milhões de entra<strong>das</strong> (segun<strong>do</strong> mais eleva<strong>do</strong> na série em análise,<br />
2000‐2007) e os quase €44 milhões de saí<strong>das</strong> (o melhor da série) parece apontar para uma<br />
atenuação daquela realidade. O balanço comprova isso mesmo com os €22 milhões<br />
desfavoráveis a Portugal, ainda assim longe <strong>do</strong>s €50 milhões regista<strong>do</strong>s em 2004.<br />
Este balanço parece dever‐se a um incremento significativo <strong>das</strong> trocas com os PALP e com um<br />
sal<strong>do</strong> francamente positivo para Portugal. Estes e outros países africanos são, aliás, os únicos<br />
cujo sal<strong>do</strong> é favorável a Portugal.<br />
Os da<strong>do</strong>s disponíveis num estu<strong>do</strong> para o espaço ibero‐americano mostram que Angola e<br />
Moçambique (no ano de 2004) são os principais destinos <strong>das</strong> exportações <strong>do</strong> <strong>sector</strong>.<br />
Os estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s em Espanha permitem dar conta <strong>das</strong> importações e exportações de <strong>livro</strong>s<br />
(em valor e em número de exemplares) designadamente com Portugal. Trata‐se de uma boa<br />
ilustração da importância <strong>do</strong>s <strong>inquérito</strong>s <strong>ao</strong> <strong>sector</strong>, única forma de obter informação<br />
desagregada, a qual permite, designadamente, uma análise por género. É, assim, possível saber<br />
que Portugal importou, em 2006, cerca de €23 milhões correspondentes a 4,4 milhões de<br />
exemplares, sen<strong>do</strong> que o género Ciências Sociais é o mais relevante, tanto em valor como em<br />
exemplares. Quanto às exportações portuguesas os valores em causa são sensivelmente<br />
menores: €887 mil em 2005, ou seja, 1% <strong>das</strong> importações espanholas e o oitavo lugar entre os<br />
exporta<strong>do</strong>res para Espanha, valor que, ainda assim, traduz um crescimento assinalável face <strong>ao</strong><br />
valor regista<strong>do</strong> em 2001, de €397 mil.<br />
Ainda no que toca às relações com Espanha, o recurso <strong>ao</strong> sistema de ISBN nesse país (outra<br />
ilustração <strong>das</strong> potencialidades da utilização desse sistema para fins estatísticos) permite situar o<br />
português entre as línguas de publicação. Os títulos correspondentes significam, entre 15% e<br />
11% <strong>das</strong> obras publica<strong>das</strong> em outras línguas que não as espanholas no perío<strong>do</strong> 2002 e 2007.<br />
Quanto à língua de tradução, a percentagem correspondente <strong>ao</strong> português, no mesmo perío<strong>do</strong><br />
é, como se esperaria, sensivelmente menor e oscila entre 1,2% e 1,7% <strong>das</strong> obras traduzi<strong>das</strong> de<br />
outras línguas.<br />
Um último aspeto analisa<strong>do</strong> neste capítulo reporta‐se a empresas exporta<strong>do</strong>ras portuguesas<br />
com base nas empresas inscritas no antigo ICEP. De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s e<br />
referencia<strong>do</strong>s a maio de 2007, a maioria dessas empresas são editoras, mas entre elas estão<br />
também empresas <strong>do</strong> comércio por grosso e a retalho, bem como empresas de<br />
impressão/encadernação. A maioria (38) não ultrapassa os €300.000 de volume de exportação,<br />
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