17.04.2013 Views

inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...

inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...

inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

com incidência na procura interna e externa na oferta nacional; a análise <strong>das</strong> políticas de<br />

marketing‐mix e de produção; a identificação <strong>das</strong> características organizacionais <strong>das</strong> empresas e<br />

<strong>do</strong>s mecanismos económicos; um contributo para uma avaliação <strong>das</strong> ações já desencadea<strong>das</strong><br />

pelo IPL; e realizar um esboço de diagnóstico <strong>do</strong> <strong>sector</strong>, o qual de des<strong>do</strong>brava em diversos<br />

planos. Para a concretização deste conjunto de objetivos foi definida uma meto<strong>do</strong>logia<br />

quantitativa e qualitativa, sen<strong>do</strong> a recolha primária de informação através de <strong>inquérito</strong> por<br />

questionário a técnica inicialmente privilegiada, com ênfase nos editores, complementada com<br />

fontes de informação secundária (Varela e Ramos, 1984: 1‐2). Ainda quanto <strong>ao</strong> <strong>inquérito</strong><br />

retenha‐se a afirmação de que da<strong>do</strong> o insucesso quase total <strong>das</strong> respostas postais <strong>ao</strong><br />

questionário, as conclusões apresenta<strong>das</strong> suportam‐se em maior grau <strong>do</strong> que seria desejável em<br />

impressões ou informações qualitativas (Varela e Ramos, 1984: 3). Quanto às fontes de<br />

informação secundária referem‐se as Estatísticas Industriais, Estatísticas <strong>das</strong> Sociedades (<strong>do</strong> INE),<br />

o Depósito Legal e as bibliotecas, destacan<strong>do</strong>‐se as suas limitações e lacunas.<br />

Por sua vez, o Relatório da Comissão <strong>do</strong> Livro, o qual resulta <strong>do</strong> Despacho nº 155/85, de 5 de<br />

dezembro, da Secretária de Esta<strong>do</strong> da Cultura 7 , retoma o diagnóstico e as propostas feitas no<br />

relatório anteriormente referi<strong>do</strong> sobre o papel da tutela relativamente <strong>ao</strong> <strong>sector</strong> mas centra‐se<br />

nas políticas culturais para o <strong>sector</strong> sintetiza<strong>das</strong> na proposta de 105 medi<strong>das</strong> (Moura, Cabral,<br />

Guedes e Furta<strong>do</strong>, 1986).<br />

No início da década de noventa um outro estu<strong>do</strong>, igualmente realiza<strong>do</strong> para a tutela <strong>do</strong> <strong>sector</strong><br />

(então Instituto Português <strong>do</strong> Livro e da Leitura) incidiu no Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Livro em Portugal. O<br />

relatório preliminar foi entregue em 1990 (Gaspar e outros, 1990), e o definitivo <strong>do</strong>is anos mais<br />

tarde (Gaspar e outros, 1992). Abor<strong>do</strong>u tanto a oferta como a procura e a<strong>do</strong>tou uma estratégia<br />

meto<strong>do</strong>lógica complexa. A oferta foi abordada através de fontes secundárias (INE, IPLL, APEL e<br />

Gabinete de Estu<strong>do</strong>s e Planeamento <strong>do</strong> Ministério da Educação e Cultura) e primárias (<strong>inquérito</strong>s<br />

<strong>ao</strong>s editores, distribui<strong>do</strong>res e pontos de venda 8 ). E a procura por via de <strong>inquérito</strong>s à população<br />

portuguesa, alfabetizada com 15 e mais anos, e <strong>ao</strong>s públicos da feira <strong>do</strong> <strong>livro</strong> de Lisboa (idem,<br />

1992: 5‐11).<br />

Importa notar que, em ambos os relatórios, se salientam as baixas taxas de resposta <strong>ao</strong>s<br />

questionários: o insucesso quase total <strong>das</strong> respostas postais <strong>ao</strong> questionário, 14,4% (32 respostas<br />

de 223 endereços de empresas e instituições priva<strong>das</strong> identifica<strong>das</strong>) (Varela e Ramos, 1984: 3); e<br />

de 17,5% no que toca <strong>ao</strong>s editores e de 32% para os distribui<strong>do</strong>res (Gaspar e outros, 1992: 8).<br />

Estes <strong>do</strong>is estu<strong>do</strong>s constituem contributos relevantes para o conhecimento <strong>do</strong> <strong>sector</strong> à altura da<br />

sua realização, mostram as dificuldades que a abordagem estatística <strong>do</strong> <strong>sector</strong> enfrentou,<br />

sugerem aspetos meto<strong>do</strong>lógicos relevantes e permitem, com o atual Inquérito <strong>ao</strong> Sector <strong>do</strong><br />

7 Lembre‐se que, ainda na década de oitenta, mais precisamente em 1986, e também por iniciativa da tutela <strong>do</strong><br />

<strong>sector</strong>, foi produzi<strong>do</strong> o primeiro relatório sobre a leitura pública (Moura, Almeida, Portilheiro e Calçada, 1986)<br />

que viria a estar na base <strong>do</strong> programa Rede Nacional de Leitura Pública lança<strong>do</strong> no ano seguinte.<br />

8 Um <strong>do</strong>s produtos deste estu<strong>do</strong> foi o Guia de Livrarias de Portugal – 1990 (Gaspar, 1991).<br />

23

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!