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inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...

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1. O SECTOR DO LIVRO COMO OBJETO DE ESTUDO<br />

O <strong>sector</strong> <strong>do</strong> <strong>livro</strong>, em particular na vertente da edição, tem si<strong>do</strong> objeto de estu<strong>do</strong> <strong>das</strong> ciências<br />

sociais, sen<strong>do</strong> particularmente relevantes, <strong>do</strong> ponto de vista <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong>, a Economia e a<br />

Sociologia. Fez‐se já referência a estas abordagens. Avançan<strong>do</strong> um pouco mais no<br />

enquadramento teórico‐meto<strong>do</strong>lógico <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> deste <strong>sector</strong> retomam‐se agora algumas<br />

noções suscetíveis de enquadrar o <strong>sector</strong> em causa e de constituírem contributos váli<strong>do</strong>s para a<br />

presente investigação: uma <strong>das</strong> mais antigas e profícuas, a noção de indústrias culturais; uma<br />

outra mais recente, com grande projeção internacional a partir <strong>do</strong> fim da década de noventa<br />

quan<strong>do</strong> o Department of Culture, Media and Sports (DCMS) <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong> a<strong>do</strong>tou o conceito e<br />

tomou como objetivos o apoio e o desenvolvimento <strong>das</strong> indústrias criativas 10 . Como se verá,<br />

embora próximas quanto às suas características (pelo menos quan<strong>do</strong> referencia<strong>das</strong> <strong>ao</strong> <strong>sector</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>livro</strong>) as duas noções são distintas e têm diferentes implicações pelos diferentes enfoques que<br />

veiculam relativamente <strong>ao</strong>s <strong>sector</strong>es que abrangem: uma mais focada no objeto ou produto<br />

físico (o <strong>livro</strong>), a outra na criatividade individual e na importância da exploração <strong>do</strong>s direitos de<br />

propriedade intelectual.<br />

Com base nestas duas noções, será importante situar mais proximamente o <strong>livro</strong> como uma<br />

indústria, cultural ou criativa consoante o ponto de vista a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>. Destacam‐se seguidamente<br />

três outras noções de menor alcance mas nem por isso menos relevantes para a configuração<br />

conceptual da presente abordagem: a de incerteza, a de estratégia – <strong>do</strong> ponto de vista <strong>do</strong><br />

planeamento estratégico – e a de regimes de informação de merca<strong>do</strong>.<br />

1.1. INDÚSTRIAS CULTURAIS<br />

No que respeita às indústrias culturais, diz Benhamou que nous passons de l'étude des œuvres<br />

uniques à celle, plus traditionnelle en économie, des œuvres reproductibles (Benhamou, 1996:<br />

10 De acor<strong>do</strong> com o DCMS as indústrias criativas incluem publicidade, arquitetura, artes e antiguidades, design<br />

e design gráfico, moda, filmes, vídeos e outras produções audiovisuais, software educacional e de lazer, música<br />

<strong>ao</strong> vivo e gravada, artes performativas e entretenimento, televisão, rádio e Internet, edição (Creative Industries<br />

Task Force, 2001).<br />

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