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inquérito ao sector do livro parte i - Observatório das Actividades ...

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A integração vertical nos grandes conglomera<strong>do</strong>s é considerada um requisito indispensável para<br />

responder <strong>ao</strong>s desafios de um merca<strong>do</strong> global, onde a competitividade é a palavra‐chave e que<br />

passa impreterivelmente pela redução de custos e maximização <strong>do</strong>s recursos existentes<br />

(Herman e McChesney, 2001 [2000]).<br />

O crescimento regista<strong>do</strong> no <strong>sector</strong> da edição tem leva<strong>do</strong> à entrada no capital <strong>das</strong> empresas<br />

editoras de empresas provenientes de outros <strong>sector</strong>es da indústria, mesmo financeiro (fun<strong>do</strong>s<br />

de investimento), levan<strong>do</strong> à também possível substituição <strong>do</strong>s responsáveis dessas mesmas<br />

empresas por gestores procedentes de outras atividades. O aspeto que aqui pre<strong>do</strong>mina prende‐<br />

se com o retorno e rentabilização <strong>do</strong> capital investi<strong>do</strong> aquan<strong>do</strong> de um processo de aquisição ou<br />

fusão.<br />

Quanto <strong>ao</strong> espaço de influência, a estratégia <strong>do</strong>s grupos passará por atuar quer exclusivamente<br />

a nível <strong>do</strong> seu país de origem, quer a nível internacional, sen<strong>do</strong> que aqui poderá ter como<br />

critério o fator região (atuar no continente europeu) ou o fator linguístico (língua inglesa,<br />

espanhola, portuguesa, etc.), quer ainda a um nível de implantação mundial. Refira‐se ainda,<br />

quanto a este aspeto que, com as constantes movimentações no <strong>sector</strong>, o espaço de influência<br />

de um grupo rapidamente se alarga ou reduz bastan<strong>do</strong> que compre ou venda uma empresa.<br />

De um ponto de vista diacrónico saliente‐se que desde a década 80 <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong> que o<br />

fenómeno da concentração vem acontecen<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que é no final <strong>do</strong>s anos 90 que se<br />

intensifica. Neste senti<strong>do</strong>, 1998 constitui mesmo o ano em que se registaram as maiores<br />

movimentações <strong>ao</strong> nível <strong>das</strong> concentrações e da internacionalização no <strong>sector</strong> da edição. A título<br />

de exemplo veja‐se os casos <strong>do</strong> grupo Bertelsmann, conglomera<strong>do</strong> multinacional alemão que<br />

adquire o grupo editorial norte‐americano Ran<strong>do</strong>m House (depois de este ter realiza<strong>do</strong> nos anos<br />

anteriores um eleva<strong>do</strong> número de outras aquisições) e passou a controlar metade <strong>do</strong> capital da<br />

livraria on‐line Barnes & Noble (posição que voltaria a vender a esta empresa em 2002); <strong>do</strong><br />

grupo editorial francês Hachette Livre (grupo Lagardère) que adquiriu uma posição maioritária<br />

da Orion Publishing Group e a totalidade da editora Cassell & Co, ambas sedia<strong>das</strong> no Reino<br />

Uni<strong>do</strong>; <strong>do</strong> também francês grupo Havas (então pertença da Vivendi) que adquire o grupo<br />

espanhol Anaya; ou da compra por <strong>parte</strong> <strong>do</strong> grupo inglês Pearson <strong>das</strong> unidades educativa,<br />

profissional e de referência da Simon and Schuster (<strong>do</strong> grupo Viacom), que através da fusão com<br />

o grupo Addison‐Wesley Longman (já em seu poder) cria o grupo editorial Pearson Education.<br />

Desde então, os primeiros anos <strong>do</strong> novo século continuam a ser marca<strong>do</strong>s pelas constantes<br />

mudanças no <strong>sector</strong> da edição, seja pelo eleva<strong>do</strong> nível de concentração no <strong>sector</strong> verifica<strong>do</strong> nos<br />

vários países, pelas frequentes transações de compra/venda de grupos, casas ou divisões<br />

editoriais, quer ainda pelo facto de se verificar uma cada vez maior presença desses grupos ou<br />

casas editoriais inseri<strong>do</strong>s em conglomera<strong>do</strong>s multinacionais ou grupos de comunicação e<br />

multimédia.<br />

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