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EIA – Estudo de Impacto Ambiental - AHE Davinópolis V6.1 - Ibama

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13.2.2.6. Programa <strong>de</strong> Monitoramento <strong>de</strong> Pygochelidon melanoleuca (Andorinha <strong>de</strong><br />

coleira)<br />

13.2.2.6.1. Justificativa<br />

A andorinha-<strong>de</strong>-coleira Pygochelidon melanoleuca possui uma ampla distribuição ao<br />

redor do globo, com uma ocorrência verificada em cerca <strong>de</strong> 2.000 km 2 ao longo <strong>de</strong> países<br />

como Guianas, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Suriname e Argentina (IUCN,<br />

2004). No Brasil, existem registros da espécie tanto ao norte quanto ao sul do Rio<br />

Amazonas, havendo ainda registros isolados na Bahia, Goiás, Pernambuco, alto Rio<br />

Paraná, Foz do Iguaçu e Mato Grosso do Sul (RIDGELY & TUDOR, 1989). Os indivíduos da<br />

espécie são vistos principalmente em rios <strong>de</strong> corre<strong>de</strong>iras rápidas, ocupando também as<br />

margens e pousando tanto nas pedras no meio da água como em galhos secos. Em Minas<br />

Gerais os únicos registros da espécie constam dos relatórios técnicos da UHE Amador<br />

Aguiar II durante o Programa <strong>de</strong> Resgate <strong>de</strong> Fauna <strong>de</strong>ste empreendimento.<br />

Assim como para outras espécies mais raras ao redor do mundo, as populações <strong>de</strong><br />

Atticora melanoleuca não são bem quantificadas e pesquisadas, assim como as ameaças<br />

que possam estar sofrendo em seus locais <strong>de</strong> ocorrência (IUCN, 2004).<br />

No Workshop Revisão <strong>de</strong> Espécies ameaçadas <strong>de</strong> Extinção no Estado <strong>de</strong> Minas<br />

Gerais, realizado em setembro <strong>de</strong> 2006 pela Fundação Biodiversitas, a espécie foi<br />

consi<strong>de</strong>rada criticamente em perigo. Os critérios <strong>de</strong>ssa inclusão relacionam-se<br />

principalmente à redução <strong>de</strong> habitat, ocasionado especialmente pela implantação <strong>de</strong><br />

empreendimentos hidrelétricos. Recentemente, na revisão da lista vermelha <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong><br />

fauna e flora do estado <strong>de</strong> Minas Gerais ocorrida em junho <strong>de</strong> 2007 e também realizada pela<br />

Fundação Biodiversitas, a espécie continuou listada na mesma categoria, o que <strong>de</strong>monstra<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maiores esforços para sua conservação no estado (BIODIVERSITAS,<br />

2007).<br />

Já no estado <strong>de</strong> Goiás, campanhas <strong>de</strong> campo realizadas para a elaboração do <strong>EIA</strong><br />

RIMA da UHE <strong>Davinópolis</strong> mostraram que vários indivíduos <strong>de</strong> Pygochelidon melanoleuca<br />

estão utilizando as corre<strong>de</strong>iras e pedras do rio Paranaíba, inclusive para reprodução.<br />

Registros não oficiais indicam também a presença da espécie nas áreas atingidas pela UHE<br />

Serra do Facão, este no rio São Marcos.<br />

Devido ao seu status <strong>de</strong> conservação e à presença da espécie na área diretamente<br />

afetada pela construção e implementação da UHE <strong>Davinópolis</strong>, torna-se imprescindível a<br />

execução <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> monitoramento das populações <strong>de</strong> Pygochelidon melanoleuca<br />

antes, durante e após a construção e posterior funcionamento da usina, visando o estudo do<br />

<strong>EIA</strong> <strong>–</strong> <strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>Ambiental</strong> - <strong>AHE</strong> <strong>Davinópolis</strong><br />

V6.227

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