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EIA – Estudo de Impacto Ambiental - AHE Davinópolis V6.1 - Ibama

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Astyanax bimaculatus e Astyanax fasciatus, Bryconamericus stramineus, a cigarra<br />

Galeocharax knerii, o mandi-chorão Iheringichthys labrosus, o piau Leporinus fri<strong>de</strong>rici, o<br />

piau-flamenguinho Leporinus octofasciatus, o cascudo Loricariichthys sp., os lambaris<br />

Moenkhausia intermedia e Piabina argentea, o mandi Pimelodus maculatus, o pecilí<strong>de</strong>o<br />

Poecilia reticulata, o bagre Rhamdia quelen, o abotoado Rhinodoras dorbignyi, o piau-<br />

branco Schizodon nasutus, a tuvira Steindachnerina insculpta e o mussum Synbranchus<br />

marmoratus. Embora os membros do gênero Hypostomus ocorram primariamente em<br />

ambientes com características lóticas, eles po<strong>de</strong>m ser encontrados também em ambientes<br />

lênticos (GNERI & ANGELESCU, 1951). Os cascudos alimentam-se basicamente <strong>de</strong> algas<br />

(BUCK & SAZIMA, 1995). Em ambientes lênticos, como reservatórios, os cascudos do<br />

gênero Hypostomus sugam o lodo com a matéria orgânica finamente particulada existente<br />

em abundância no fundo. Fora isso, cascudos do gênero Hypostomus possuem pré-<br />

adaptações anatômicas que os permitem respirar o oxigênio aéreo (CARTER, 1935),<br />

conferindo-lhes uma gran<strong>de</strong> resistência às baixas taxas <strong>de</strong> oxigênio existentes em<br />

ambientes estagnados ou com pouca circulação <strong>de</strong> água. Deste modo, é possível que ao<br />

menos algumas das espécies i<strong>de</strong>ntificadas no rio Paranaíba também se estabeleçam no<br />

reservatório do <strong>AHE</strong> <strong>Davinópolis</strong>. Este também é provavelmente o caso dos mandis<br />

Pimelodus maculatus e Iheringichthys labrosus e do piau-branco Schizodon nasutus, as<br />

quais, apesar <strong>de</strong> ocorrerem tipicamente em ambientes lóticos, se reproduzem em cinco<br />

reservatórios do Alto Paraná (Marimbondo, Itumbiara, Porto Colômbia, Luiz Carlos Barreto<br />

<strong>de</strong> Carvalho e Furnas) (BENJAMIN et al., 1996; CANGUSSU et al., 1996).<br />

Por outro lado, as populações das espécies <strong>de</strong> peixes tipicamente reofílicas do rio<br />

Paranaíba, naquela região a ser ocupada pelo reservatório, <strong>de</strong>verão <strong>de</strong>clinar. Outras<br />

espécies, embora não migradoras, por serem adaptadas às condições lóticas, também terão<br />

suas populações diminuídas, como, por exemplo, os timburés Leporellus vittatus e<br />

Leporinus amblyrhynchus. A disponibilida<strong>de</strong> alimentar também é um fator <strong>de</strong>terminante na<br />

colonização do lago do <strong>AHE</strong> <strong>Davinópolis</strong>. Por exemplo, POMPEU & FONTENELLE (1996),<br />

ao compararem o peso e tamanho <strong>de</strong> exemplares da espécie <strong>de</strong> canivete Apareiodon affinis<br />

encontrados na represa da UHE Furnas e no rio Gran<strong>de</strong>, concluíram que os espécimes<br />

encontrados no rio eram maiores e mais pesados do que aqueles encontrados na represa, o<br />

que po<strong>de</strong> estar associado à maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algas filamentosas, clorófitas e<br />

cianófitas, essas últimas com maiores teores protéicos no primeiro ambiente.<br />

Recomenda-se a realização do Programa <strong>de</strong> Monitoramento da Ictiofauna, para o<br />

acompanhamento do re-arranjo das comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> peixes, no interior do reservatório e a<br />

montante do mesmo, e o comportamento reprodutivo das mesmas. Sugere-se o estudo dos<br />

cursos d’água a montante do reservatório, com o intuito <strong>de</strong> estabelecer uma Área <strong>de</strong><br />

<strong>EIA</strong> <strong>–</strong> <strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>Ambiental</strong> - <strong>AHE</strong> <strong>Davinópolis</strong><br />

V6.54

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