gestão participativa na semco equipamentos - Fundação Pedro ...
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Muitos autores, como Likert (1975), Drucker (1997), Motta et al. (1987) e, em uma<br />
perspectiva empírica, Semler (2000) 1 , indicam a gestão <strong>participativa</strong> como uma<br />
das “ferramentas” que podem tor<strong>na</strong>r isso possível. Esses autores colocam as<br />
pessoas no centro do processo administrativo/organizacio<strong>na</strong>l, afirmando que são<br />
elas, de forma direta ou indireta, que constituem as organizações e estabelecem<br />
as interações que acontecem no mercado econômico.<br />
Percebe-se, conforme os relatos de Lerner (1991) e Semler (2000), que<br />
algumas organizações vêm reconhecendo a importância de se constituir uma boa<br />
equipe. A construção de mecanismos que proporcionem o desenvolvimento,<br />
manutenção e aperfeiçoamento das memórias e tarefas empresariais requer a<br />
presença de uma boa equipe. É a partir dela, e em ambientes adequados à<br />
promoção do saber, que práticas, conhecimentos, competências e/ou habilidades<br />
poderão ser transmitidos e compartilhados.<br />
McGregor (1999) afirma que, para a formação de uma boa equipe, é<br />
necessário que as pessoas estejam comprometidas com as metas da<br />
organização e sejam tratadas como indivíduos maduros, capazes de participar<br />
dos processos e aprender por meio de suas ações e erros.<br />
Subjacente a essa forma de tratamento com os funcionários, preconizada<br />
por McGregor, existe a concepção de que as pessoas não precisam - ao contrário<br />
do que se poderia imagi<strong>na</strong>r - de incentivos e sanções para serem gerenciadas.<br />
Ainda segundo essa visão, “as pessoas são <strong>na</strong>turalmente capazes de autodireção<br />
e autocontrole, mesmo em um ambiente corporativo ou burocrático”<br />
(MCGREGOR, 1999, p. 53).<br />
Neste quadro de transformações e de valorização das pessoas como<br />
diferencial competitivo, verifica-se que vários modelos de gestão são incorporados<br />
a estratégias empresariais. Entre estes, pode-se mencio<strong>na</strong>r a gestão <strong>participativa</strong><br />
como uma forma que possibilitaria a integração entre os objetivos da empresa e<br />
dos empregados, criando condição favorável para mais eficiência empresarial.<br />
Algumas empresas passaram a priorizar o envolvimento mais profundo dos<br />
seus funcionários por meio da participação no trabalho. Consequentemente,<br />
1 Ao longo do estudo ora proposto, para que se possa construir uma tessitura das referências<br />
disponíveis sobre o assunto, serão utilizados autores de origens diversas (acadêmicos,<br />
consultores e gestores que tor<strong>na</strong>ram públicos depoimentos sobre suas experiências). Estas<br />
origens estão demarcadas, nesta dissertação, no Quadro 3: “Origem de autores que abordam o<br />
tema Administração Participativa”, p. 28.