gestão participativa na semco equipamentos - Fundação Pedro ...
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Críticos relatam que a efetividade dos esquemas participativos nessas<br />
empresas não foi comprovada e os exercícios de participação <strong>na</strong>s organizações<br />
não chegaram a representar o exercício democrático como instrumento de<br />
decisão. Na realidade, identificou-se somente o surgimento de ambientes<br />
participativos que proporcio<strong>na</strong>ram redução de custos, intensificação do ritmo de<br />
trabalho e incremento das atividades de trabalho, sem alterações <strong>na</strong> relação de<br />
poder <strong>na</strong>s empresas (BRESCIANI, 1994; FLEURY, 1987; OLIVEIRA, 1991;<br />
STORINO et al., 1999, todos apud CASTRO; PACHECO; PENA, 2009).<br />
No Brasil, a participação foi tratada com simplismo e também não<br />
encontrou terreno fértil <strong>na</strong> cultura brasileira, marcada pelo perso<strong>na</strong>lismo,<br />
clientelismo e pelo patrimonialismo (GUARA; FLEURY, 2008 apud CASTRO;<br />
PACHECO; PENA, 2009).<br />
Percorrendo a literatura, verifica-se que o tema gestão <strong>participativa</strong> pode<br />
ser encontrado em diferentes situações organizacio<strong>na</strong>is e institucio<strong>na</strong>is. Corrêa<br />
(1991) e Beltrão (2006) a<strong>na</strong>lisaram a gestão <strong>participativa</strong> no âmbito educacio<strong>na</strong>l,<br />
<strong>na</strong> busca de um entendimento de como a administração escolar pode ser vista em<br />
face das perspectivas de democratização das relações sociais. Esses autores<br />
procuraram avaliar principalmente a integração dos segmentos escolares e<br />
extraescolares pela gestão <strong>participativa</strong>. Os estudos conduziram à constatação de<br />
que, apesar das práticas <strong>participativa</strong>s, teoricamente, direcio<strong>na</strong>rem a<br />
administração da educação para uma forma democrática e <strong>participativa</strong> bem<br />
definida, ela está mais próxima de um quadro autoritário de gestão. Assim, os<br />
autores sugerem novas pesquisas e observações, buscando-se preencher as<br />
lacu<strong>na</strong>s que o estudo sobre gestão <strong>participativa</strong> apresenta em relação à<br />
administração escolar.<br />
Amado (2002), Moggi (1991), Meneghine (2009), Silva Filho (1995) e<br />
Penterich (2006) estudaram o tema gestão <strong>participativa</strong> voltado para empresas de<br />
serviços e indústrias. Tentaram entender ou identificar o grau de participação dos<br />
funcionários no que tange aos aspectos operacio<strong>na</strong>is, administrativos, de<br />
qualidade da produção, de atendimento a clientes e de alto nível de eficiência<br />
produtiva. O principal aspecto abordado por essas pesquisas está pautado <strong>na</strong><br />
busca da excelência empresarial a partir de práticas <strong>participativa</strong>s como forma de<br />
diferencial competitivo no mercado econômico.