gestão participativa na semco equipamentos - Fundação Pedro ...
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O traçado histórico esboçado desde a teoria de Taylor até a teoria da<br />
contingência revelou aspectos importantes da evolução da administração. No<br />
decorrer dos anos, mudanças e adequações <strong>na</strong> relação de trabalho corroboraram<br />
o desenvolvimento de formas ou modelos de gestão mais atuais. Em função da<br />
necessidade de maior participação dos trabalhadores <strong>na</strong>s decisões das empresas<br />
e das transformações sociais ocorridas <strong>na</strong> organização, surgiu a gestão<br />
<strong>participativa</strong> que é o objeto de estudo deste trabalho. A seguir, pretende-se<br />
conhecer sua origem e evolução.<br />
2.2 Participação no trabalho<br />
A participação no trabalho é antiga reivindicação social dos trabalhadores<br />
e tem inspirado vários movimentos operários e sindicais. A questão da<br />
participação dos trabalhadores <strong>na</strong>s empresas é discutida como forma de<br />
gerenciar os problemas decorrentes da visão mecanicista desenvolvida por<br />
Taylor. Motta et al. (1987) afirmam que esse assunto não é novo, entretanto,<br />
ainda nos dias atuais é questão polêmica e está longe de consenso.<br />
Na década de 60, esse debate toma espectro mais amplo <strong>na</strong> literatura<br />
acadêmica, principalmente nos Estados Unidos da América (EUA). Para Storch<br />
(1985), citado por Coutinho (2000), esse movimento aparece em decorrência de<br />
vários fatores, tais como o declínio da hegemonia america<strong>na</strong>, dificuldades<br />
decorrentes de relações industriais conflitantes, aumento das exigências dos<br />
trabalhadores, avanço tecnológico e busca das empresas por melhor qualificação<br />
dos profissio<strong>na</strong>is.<br />
O fato dos diversos pesquisadores estudarem sobre participação dos<br />
trabalhadores <strong>na</strong>s empresas e não chegarem a consenso é explicado por<br />
Hodson, citado por Coutinho (2000). Esse autor afirma que alguns pesquisadores<br />
associam a gestão <strong>participativa</strong> à transferência de poder aos trabalhadores,<br />
pautado no aumento das suas responsabilidades. Outros veem <strong>na</strong> gestão<br />
<strong>participativa</strong> uma nova estratégia de gestão para extrair dos empregados mais<br />
trabalho e conhecimento da produção.<br />
Essas críticas, <strong>na</strong> visão de Pateman (1992), atribuem-se à indefinição<br />
sobre o termo “participação”. Embora seja bastante utilizado por aqueles que