gestão participativa na semco equipamentos - Fundação Pedro ...
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considerando os sistemas humanos auto-organizados, escolhe o próprio caminho<br />
para a participação. Esses autores citam, como maior desafio da nova era da<br />
participação, a questão de como emocio<strong>na</strong>r pessoas para elevar o fator<br />
participação ao nível da opção social e filosófica.<br />
No entanto, a quebra de paradigmas é muito complicada em empresas que<br />
possuem administração rígida e apoiada <strong>na</strong> figura de um organograma definido e<br />
com vários níveis. Por isso, a transição da forma de gestão autocrática para uma<br />
gestão <strong>participativa</strong> foi gradativa (SEMLER, 2006).<br />
De acordo com Semler, existem três condições sine qua non para a<br />
sobrevivência de uma organização em longo prazo:<br />
1. Capacidade de enxergar a necessidade de mudanças a tempo, com<br />
coragem para implementá-las antes que seja tarde demais.<br />
2. Fazer a empresa funcio<strong>na</strong>r através da efetiva participação de seus<br />
funcionários e ter uma linha de conduta administrativa flexível e<br />
aberta a transformações.<br />
3. Ter uma cultura própria e definida, que não seja adaptada às<br />
condições do momento, mas sim perene em suas crenças básicas<br />
(SEMLER, 2006, p. 60-61).<br />
Complementando a visão de Semler (2006), autores como McLagan e Nel<br />
(2000) explicam por que algumas mudanças <strong>na</strong> forma de gestão fracassaram e<br />
por que mudanças em direção à participação têm avançado. Segundo esses<br />
autores, o diferencial está <strong>na</strong> agilidade de recepção e transmissão de<br />
informações. A disponibilidade da informação em tempo real possibilita a<br />
autoadministração. No passado, as pessoas, organizações e até mesmo países<br />
permaneciam isolados. Atualmente, a internet, a televisão e telefonia celular<br />
reduziram as distâncias, provocando estreitamento <strong>na</strong> troca de informações.<br />
Dessa forma, o acesso a informações elimi<strong>na</strong> fronteiras e favorece a<br />
independência das pessoas, proporcio<strong>na</strong>ndo a elas opções de escolhas e,<br />
consequentemente, exigindo mais participação.<br />
Para McLagan e Nel (2000), a organização <strong>participativa</strong> é interligada e<br />
envolve todas as pessoas em todos os níveis: decisão, ação, formulação e<br />
implementação. Exige que as pessoas tenham nova visão de mundo e assumam<br />
posturas mais maduras e profissio<strong>na</strong>is. A participação ressalta a possibilidade de<br />
as pessoas colocarem toda a sua capacidade <strong>na</strong>quilo que fazem. “A participação,<br />
assim como o tempo, o espaço, a comunicação e o crescimento, é uma espiral